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Um condenado e outro absolvido

Em um dos júris mais concorridos da história de Seara, os irmãos Luís e Jonas Culimann estiveram novamente no banco dos réus na última terça-feira.

A sentença foi praticamente a mesma do julgamento anterior, realizado em 2007. Os irmãos respondiam por homicídio qualificado contra Ademir Sartori, morto a tiros em 2007 no bairro Bela Vista. Após quase 13 horas de julgamento no fórum da comarca de Seara, o réu Luís Culimann foi condenado a seis anos de prisão em regime semi-aberto. Já o irmão, Jonas Culimann, novamente foi absolvido. Os dois seguem detidos no Presídio Regional de Concórdia em função de outro crime.

No júri, o interrogatório dos réus durou cerca de uma hora. Luís Culimann confessou ter se utilizado de uma arma para matar Ademir Sartori com vários tiros, porém mencionou que a vítima, além de ameaçá-lo, também sacou uma arma no momento do crime. Jonas negou a participação no homicídio. Disse que estava junto com o irmão e presenciou o fato, mas não teria participado.
A acusação, realizada pelo promotor Michel Eduardo Stechinski, teve duas horas e meia para expor aos jurados os fatos e os argumentos. Mencionou que "sempre defendemos a vida e os réus devem pagar pelo crime cometido". Argumentou ainda que havia provas e indícios fortes da participação dos dois no assassinato.
Na defesa dos réus, os advogados Wilson de Souza e Johon Lenon Sartoretto também tiveram duas horas e meia para argumentação. A tese foi de legítima defesa, no caso de Luís, e a negativa de participação de Jonas. "No dia dos fatos, a vítima foi quem perseguiu o réu e quando o achou sacou a arma", mencionou Sartoretto.
Réplica e tréplica
Em um dos júris mais longos dos últimos anos em Seara, a sessão foi noite a dentro com réplica e tréplica. A acusação rebateu as teses da defesa afirmando que o crime teria sido motivado por vingança. Já o advogado dos réus denominou como um absurdo estar julgando o caso novamente e o que se fez foi um espetáculo midiático.
SAIBA MAIS
Sentença Já era por voltas das 21h30 quando a juíza Maria Luiza Fabris proferiu a sentença condenando Luiz e absolvendo Jonas. O salão do júri ficou lotado durante todo o julgamento. Muitas pessoas tiveram que retirar senhas para acompanhar os trabalhos.

Defesa Para o advogado Wilson de Souza, "foram as provas do processo que justificaram o resultado do júri. Penso que seria injustiça os réus serem condenados de outra forma. Estou satisfeito com o resultado, mas chateado com a repercussão negativa do caso".

Acusação Já para o promotor Michel Stechinski, que não deve recorrer da decisão, "o MP entendia que havia provas para condenação dos dois réus, mas os jurados entenderam de outra forma. O tempo é quem vai dizer se foi feito justiça ao devolver esses indivíduos ao convívio da sociedade".

Outro crime Luís e Jonas Culimann, juntamente com outro irmão, Jorge seguem no Presídio Regional de Concórdia. Eles são acusados de invadirem um evento e ferirem a golpes de facão quatro pessoas que participavam de uma festa no bairro Industrial.  

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