logo RCN

Alternativa viável

Não é de hoje que as máquinas e implementos agrícolas vem ganhando espaço na agricultura familiar da região e melhorando não só a produtividade, mas a própria vida e especialmente a rentabilidade do agricultor.

Um exemplo disso pode ser encontrado na propriedade do casal Jacir e Nereide Lorenzetti, em linha São Pedro.
A família produz laranja há cerca de 20 anos e, juntamente com o filho Cássio e a nora Leandra, investiu em uma máquina beneficiadora de frutas. A nova aquisição começou a funcionar há pouco mais de um mês e pode beneficiar até 300 caixas de laranja por hora.
As frutas colhidas no pomar são colocadas em uma esteira, onde são lavadas e giram até outro compartimento, quando passam por um processo de secagem. No final, percorrem outra esteira, que faz a seleção automática em quatro tamanhos.
As frutas de tamanho pequeno, que saem primeiro, são destinadas à indústria de sucos. As demais, em tamanhos médio, grande e extragrande saem lisas e prontas para a venda em fruteiras e nos mercados.
O investimento do produtor na máquina foi de R$ 60 mil. O equipamento está dando mais qualidade e visibilidade ao produto. "Eu vi que tinha dificuldade para vender a fruta in natura. O comércio é muito exigente e quer a fruta perfeita, no tamanho padrão e limpinha, então resolvi me aperfeiçoar", explica Lorenzetti.
O produtor, que ganharia R$ 450 à tonelada vendendo para indústria de suco, recebe até R$ 1 mil com a venda da fruta beneficiada no mercado na forma in natura. "Desde 2015 estava procurando uma alternativa e consegui comprar este equipamento na cidade de Pará de Minas, em Minas Gerais", declarou Jacir Lorenzetti. É a única máquina que realiza esta tarefa no município e uma das poucas na região.
Os anos de experiência na produção de laranjas também contribuem para o sucesso na atividade, segundo o produtor. "São cerca de 15 hectares da propriedade ocupados com laranja e mais de quatro mil plantas produzindo nas variedades Rubi, Valência e Folha Murcha. A diversidade de variedades faz com que haja produção o ano todo. Em média colhemos 300 toneladas ao ano, mas já colhi 500 toneladas e todo o trabalho é familiar".
Orientação
O consultor do Sebrae, Thomas Andrade, que presta atendimento ao produtor destaca que "existe uma alternância na produção em função de diversos fatores, especialmente relacionados ao clima. E 2016 é um ano especial para o citricultor, pois há muita fruta e preço bom também. Quem investiu, colhe os frutos".

Anterior

Pagamento é garantido

Próximo

Caem vendas externas de Seara

Deixe seu comentário

Geral