A superação, a vontade de jogar futebol e o apoio da família falaram mais alto na vida do searaense Alexsandro Hoff, 31 anos, que superou a perda da perna direita.

Mais do que um bom goleiro, ele é um exemplo de dedicação, força e disposição.
Alexsandro usa prótese no membro inferior há 12 anos. "Fiz a amputação devido a uma doença chamada Pseudoartrose, que enfraquece os ossos. Eles ficam vulneráveis esse quebram com facilidade".
Até os seis anos de idade foram realizadas várias cirurgias no Brasil, mas nenhuma com resultado positivo. Em 1992, em alguns contatos com médicos na Alemanha, houve um parecer de que poderia haver uma solução. "Foi lá que diagnosticaram a doença. Fiz mais uma cirurgia, mas infelizmente sem sucesso. Na Alemanha recebi uma órtese, que se parece com a prótese, mas é usada ainda quando se tem o membro e serve como auxílio para a caminhar. Foram 12 anos utilizando órtese".
Alexsandro explica que a prática de esportes iniciou ainda quando usava a órtese. "No início foi difícil, mas aos poucos, com vontade e esforço, fui conseguindo. O preconceito existe em algumas pessoas, principalmente quando criança. A minha limitação existia. Eu tinha conhecimento disso, mas era notório ver o preconceito quando montávamos os times. Eu era sempre o último a ser escolhido", recorda.
O jovem, no entanto, provou aos colegas que tinha condições de prática esportiva. "Mas em outras áreas ainda existem situações de preconceito", lamenta.
Atualmente Alexsandro atua como goleiro. O uso da prótese não impediu que ele disputasse várias competições. "Há uns cinco anos disputo os campeonatos internos da ADC-Seara e os municipais de futsal e suíço", revela. Acrescenta que a família sempre esteve ao seu lado. Conta que já jogou vôlei, handebol, basquete e praticou ciclismo.
Aos que enfrentam situação semelhante, Alexsandro diz que"o medo, aliado ao preconceito, é o principal causa da exclusão. Limitações todos temos, mas busque ao máximo vencer os obstáculos".