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Atividade começa a apresentar reação

  • - Moacyr Tedesco tem um plantel de 63 vacas em lactação

Produtor searaense Moacyr Tedesco diz que, apesar das dificuldades, o momento é bom.

Quase um ano se passou de uma das piores crises já atravessadas pelo setor leiteiro do Estado. Aos poucos, o produtor está conseguindo se reestruturar.

Com um mercado mais estabilizado, os preços pagos ao produtor pelo litro de leite reagiram. A combinação é positiva, com a redução das importações e a queda nos custos de produção. O momento é considerado bom pelos bovinocultores.

Moacyr Tedesco, que tem propriedade na comunidade São Rafael, interior de Seara, está há mais de 20 anos na atividade e atualmente conta com um plantel de 63 vacas em lactação. Ele destaca que a situação agora é bem melhor do que a vivida em meados de 2023. “Como em todas as atividades, há momentos bons e momentos ruins, mas agora é uma fase relativamente boa do ponto de vista financeiro”, explicou.

Para se ter uma ideia, em 2023 Tedesco lembra que chegou a receber R$ 1,80 pelo litro de leite, com custo de R$ 2 a R$ 2,10, dependendo do manejo. Hoje ele recebe quase R$ 3 o litro e os custos caíram. Tedesco entende que o que pode mudar esta realidade no custo prazo é a retomada das importações do produto.

O produtor trabalha com vacas das raças Jersey e Holandesa, com uma produção de mais de mil litros de leite por dia. Juntamente com a esposa Nelsi, Moacyr administra a produção. Ele reclama da falta de mão de obra. “Temos filhos, mas nenhum ficou em casa para dar sequência à propriedade. Vamos nos virando, mas o trabalho é grande”. A família também trabalha com a produção de suínos.

Moacyr Tedesco reforça da importância de armazenar alimentação de qualidade aos animais, como silagem, ração e as pastagens para reduzir os custos de produção. “Neste ano as pastagens de Inverno ainda não renderam, pois houve muita chuva. É preciso ter um bom estoque de silagem. A partir de agora o azevém começa a produzir e em setembro teremos as pastagens de Verão também”.


Um passo de cada vez

Para o gerente do Fomento Leite da Copérdia, Flávio Durante, “o momento é satisfatório, mas também desafiador. Ainda em virtude do volume de importação de leite, o preço está achatado e poderia estar maior”. Durante enfatiza que o produtor ainda não se recuperou, porque as perdas de 2023 foram grandes. Além dos baixos preços do leite, o clima comprometeu a produção da alimentação para o gado. Apesar da reação positiva neste momento, o gerente prevê um segundo semestre desafiador.

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