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Proteção e cuidado com pensamento no futuro

  • - Casal Elis e Nilson faz a sua parte na preservação da natureza

RECURSOS NATURAIS 5 de junho exige mais reflexões. Folhasete destaca exemplos de preservação.

Na quarta-feira, dia 5 de junho, comemoramos o Dia Mundial do Meio Ambiente. Criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1972, tem como objetivo chamar a atenção de todas as esferas da população para os problemas ambientais e para a importância da preservação dos recursos naturais.

Em Seara, diversas ações e iniciativas de preservação são desenvolvidas e incentivadas com apoio também da Epagri e outros órgãos e instituições. O engenheiro agrônomo da Epagri de Seara, Elvio Izaias da Silva, ressalta que “a cobertura florestal aumentou nos últimos anos, não só em Seara, mas em toda a região. Muitas áreas onde o boi ia, o trator não vai mais hoje em dia, e esses locais foram deixados para regeneração florestal”. Elvio destaca ainda que houve avanços na preservação de nascentes e investimentos em cisternas. “Ainda temos algo a avançar, principalmente na conservação do solo. Temos bastante erosão em função do manejo inadequado”.

Já a engenheira agrônoma da Epagri de Seara, Aline Bellincanta, lembrou que “avançamos nas técnicas do SPDH, o sistema de plantio direto de hortaliças, um manejo conservacionista do solo. Também as pastagens perenes ajudam para evitar a erosão”. E um bom exemplo de contato direto com o meio ambiente, com a natureza e o intuito de manter o equilíbrio do ecossistema vem da propriedade de Nilson Marcelo Wissmann e Elis Cristina Verdi Simadon que trabalham com apicultura e meliponicultora em linha Ipiranga.

A propriedade possui mais de 90% de sua área coberta por mata nativa. Elis ressalta que não há reflorestamento, porém existe a presença da árvore exótica Uva do Japão (hovenia dulcis), que nasce espontaneamente. “Não é vista como um mal de nossa parte, uma vez que nos fornece madeira – o que ajuda a evitar a derrubada de árvores nativas - além de fornecer abundante florada para as abelhas”, explica Elis.

O casal possui mais de 80 colmeias de diversas espécies e o sucesso com a apicultura, a manutenção das abelhas e a preservação das matas estão diretamente ligadas à manutenção do equilíbrio da natureza. “Temos a presença de diversas árvores típicas da Mata Atlântica como angico, aroeira pimenteira, guajuvira, camboatá, canela preta e amarela, açoita cavalo, cedro, araticum e sete capotes, entre outras”, destacou Nilson.

Os cuidados vão desde a preservação das matas até o uso e reaproveitamento dos recursos naturais. “Temos uma cisterna para armazenar água da chuva, que usamos nas atividades diversas como irrigação de estufa. Usamos produtos de limpeza biodegradáveis e na casa temos sistema de fossa verde por evapotranspiração”. Elis lembra ainda que “todo apicultor/meliponicultor já é por natureza alguém que se preocupa com a preservação dos recursos, pois sem árvores e água limpa não há como manter as abelhas, que são muito importantes para o meio ambiente”.

Nilson e Elis montaram na propriedade uma Unidade de Processamento de produtos de abelhas, processando mel e outros derivados das abelhas. É o apiário Golden Bee. “Nossas embalagens para mel são de vidro e para favo usamos embalagem bio-compostável e bambu ou madeira de reflorestamento”.

Já o agricultor Leandro Bordignon, de linha Dois Irmãos, que busca tornar a propriedade cada vez mais sustentável, preservando a água, reflorestando as matas e protegendo o solo, também está investindo em fontes renováveis de energia, como a solar. “É possível produzir e desenvolver nossas atividades preservando e cuidando do meio ambiente, da natureza. Na verdade, a preservação e o nosso trabalho na agricultura, no campo, precisam andar juntos”.


Conscientização

A Polícia Militar Ambiental (PMA) de Chapecó desenvolve várias ações de conscientização junto à sociedade e já percebe um resultado positivo. Conforme o sargento Luciano Bergonzi, coordenador do Grupo de Educação Ambiental do 2° Batalhão da PMA, “a gente percebe que na região como um todo o índice de crimes ambientais tem reduzido de forma considerável nos últimos anos”. Salienta que em função do trabalho de conscientização e fiscalização “no geral percebemos que a população está, sim, mais consciente”.

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