22 DE MAIO Seu Darci e dona Claci Wildner de Altamiro Guimarães celebram o Dia do Apicultor

Santa Catarina é referência quando o assunto é produção de mel. Conforme dados do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o Estado é o primeiro em produtividade no país, com 68 quilos de mel por quilômetro quadrado, enquanto a média nacional é de apenas 4,8 quilos.

 
Quase sete mil produtores rurais cultivam 315 mil colmeias e geram um volume que varia de 6.500 a 8.500 toneladas de mel por ano. Entre esses apicultores está seu Darci e dona Claci Wildner, de linha Altamiro Guimarães, interior de Seara. O casal trabalha com o cultivo de abelhas e produção de mel há mais de 40 anos. Atualmente, a propriedade conta com mais de 130 enxames em atividade com aproximadamente 40 mil abelhas em cada um. Perto do Verão, quando as condições climáticas são mais favoráveis, há o dobro de insetos e o produtor utiliza 200 caixas para abrigá-los. A espécie cultivada no local é a africanizada. Conforme o apicultor, as operárias vivem cerca de 40 dias. Já a Rainha vive em torno de quatro a cinco anos, mas sua vida útil na colmeia é cerca de dois anos. No pico da postura, a Rainha põe de 1.500 a 2.000 ovos ao dia. A função dos zangões é a reprodução. Depois de acasalar com as abelhas rainhas, eles morrem.

De acordo com seu Darci, a flora da região Oeste beneficia a atividade. “Nós temos o melhor mel do mundo em função da árvore uva-do-japão, muito comum na região, e também por causa das demais espécies de flores e plantas”. Com relação ao clima, o apicultor explica que o frio não é o maior problema para as abelhas, mas, sim, a chuva e a umidade. “Se a flor tem muita umidade, ela não tem pólen e nem néctar. Precisa de 24 horas para secar e voltar a ter pólen”. O clima, inclusive, influencia na quantidade de produto extraído das colmeias. “A safra do mel é mais no fim do ano, mas agora, na safrinha, conseguimos uma boa quantidade também”.

Alguns cuidados básicos são essenciais para a qualidade do produto e para a manutenção das abelhas. Segundo o apicultor, o principal inimigo são os agrotóxicos. “Além disso, tem que tomar cuidado com as aranhas, formigas, pragas e doenças”. Darci Wildner mostra preocupação com o futuro da atividade. “É bastante complicado, pois vejo poucos jovens apicultores. Nos eventos e seminários, a gente vê sempre os mesmos produtores. Há pessoas com mais de 80 anos que seguem produzindo”.

Fabricação

Na propriedade, seu Darci e dona Claci Wildner produzem o mel para comercialização e própolis e hidromel para consumo próprio. Eles são associados à Coopase e podem vender seus produtos nos supermercados da Amauc e também na região de Chapecó.