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Chuvas assustam moradores

  • - Campo de Borboleta Baixa ficou completamente submerso

Água que encobriu o campo de Borboleta Baixa demorou para baixar .

O início desta semana foi de limpeza, retorno às casas e retomada das atividades para moradores da comunidade de linha Borboleta Baixa, interior de Itá. A chuva forte que iniciou ainda na quarta-feira, 4 de outubro, se intensificou sábado, dia 7.

A vazão das comportas da Usina Hidrelétrica de Itá aumentou e, consequentemente, elevou o nível do Rio Uruguai, represando os rios Borboleta e Uvá e ocasionando grande alagamento na comunidade de Borboleta Baixa. A ponte, o campo, estradas e lavouras ficaram debaixo da água.

Alguns moradores precisaram deixar suas casas por até três dias. A situação somente se normalizou no final da manhã da segunda-feira, dia 9. Foi quando seu Alindo Adalipio Appelt, de 81 anos, pode voltar para sua residência, que fica às margens do rio Uvá. Ele conta que ficou três noites na casa de familiares. “Foi uma orientação da Defesa Civil. Tivemos que sair e fiquei na casa da minha filha”. Ele ressaltou que a água chegou perto, “mas não atingiu a casa. Ficamos sem o acesso e parte da lavoura ficou debaixo da água”.

Apel ressalta que as cheias do rio Uruguai sempre existiram. “E não vai parar. Não será a última, mas o impacto das barragens existe”. Pescador há mais de 60 anos e lidando na agricultura, Appelt ressalta que “o importante é que a minha vida está salva”.

Já na casa de Sirlei Hartmann, que mora próximo ao campo de linha Borboleta Baixa, a água também chegou perto. Ela e a família até chegaram a fazer as malas, mas não precisaram sair. “A água começou a subir na sexta-feira à noite e a previsão era preocupante, pois o alagamento era para ser de três a quatro metros superior ao da última enchente de 2014/2015. Se fosse isso a água iria chegar na casa. Felizmente não aconteceu, mas a lavoura foi atingida”.

Sirlei lembra que a água começou a baixar no domingo à tarde. “Foi um alívio, pois, além de comprometer o acesso, tinha o risco de deslizamento”. Ela ressalta que “deixamos as malas prontas e os documentos, mas não precisamos deixar a casa”.

Na quarta-feira, 11, novamente a chuva veio forte e com volumes elevados em Seara e região. Conforme a previsão da Epagri/Ciram, esta é a tendencia para todo o mês de outubro, com chuva acima da média histórica e forte influência do El Niño. A meteorologista Gilsania Cruz destaca que “principalmente os meses de outubro e novembro são os períodos em que os modelos mostram os volumes de chuva mais elevados para Santa Catarina”.


Drama

Santa Catarina tinha ontem 142 cidades afetadas pelas chuvas. Em 112 delas houve a decretação de situação de emergência.

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