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Competência e valorização

Não fosse a persistência no objetivo, a força para resistir e a garra para mostrar que capacidade não tem nada a ver com sexo e que submissão não passa de um preconceito sem razão, elas não teriam aprendido a ler e escrever, não votariam e seriam apenas piloto de forno e fogão e responsáveis pela perpetuação da espécie.

O Dia Internacional da Mulher, é um marco que não remete somente à conquista de direitos, mas à evolução dos tempos, já que trabalhando lado a lado, homens e mulheres escrevem uma história de progresso nos diferentes segmentos. Ainda há pontos a aprimorar, barreiras para ultrapassar e preconceitos a extinguir, porém muito já mudou.
Em homenagem às mulheres de todas as idades, raças e crenças, o FolhaSete traz dois exemplos que mostram que delicadeza não significa fragilidade, e que não importa o ofício, a mulher dá conta do recado e pode perfeitamente assumir qualquer função. 
Dona Ilse Lenilce Deitos Bollis, 45 anos, vem de uma família de produtores rurais. Casou-se e permaneceu no campo, na comunidade de linha São Valentim. No entanto, as terras pouco produtivas fizeram com que ela e o marido Ladenir, juntos, empreendessem para melhorar a renda e a qualidade de vida da família. Com a empresa familiar no ramo alimentício há 10 anos, a lida é contínua e cansativa, mas gratificante, segundo ela. Satisfeita, garante que a mulher atualmente tem muito a celebrar e que os avanços em termos de reconhecimento e valorização, bem como oportunidades são constantes. Exemplifica que a prova está em determinados setores onde elas estão na liderança. "Algo que antigamente não seria possível imaginar".
Outro exemplo é a Agente de Correios, Distribuição e Coletas, popularmente conhecida como Carteira, Fabiana Dal Pias Lazzarotti. Aos 35 anos, natural de Ipumirim, há sete na função que até pouco tempo tratava-se de um universo essencialmente masculino, faz o seu trabalho muito bem e é admirada pelos colegas. Batalhadora, corre o dia inteiro, literalmente. Conta que  "não tem como parar". O tempo ali, é seu maior inimigo. "Passa muito rápido e temos que cumprir nossa tarefa". Relata que a jornada é dupla, pois ao chegar em casa tem que dar conta dos afazeres domésticos, dispensar atenção aos filhos, ao esposo, e organizar tudo para o dia seguinte. 
Formada auxiliar de contabilidade, conta que já atuou em outras áreas onde os homens dominavam a exemplo de uma madeireira. Mas isso nunca foi problema, porque através de seu esforço e competência conquistou respeito e valorização. Entende que o Dia Internacional da Mulher tem motivos de sobra para ser comemorado. "Mudou muito. Nós mulheres temos mais oportunidades e reconhecimento hoje em dia. O preconceito é menor. Estou muito feliz com o que faço. A frase que dizia que atrás de um grande homem existe uma grande mulher, tem que ser dita que é ao lado".

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