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Empresa pode suspender serviços

  • - Empresa está com dificuldades financeiras para manter os serviços sem a parceria dos municípios atendidos

A Companhia Brasileira de Reciclagem Animal (CBRASA) iniciou em meados de março o recolhimento dos animais mortos em propriedade rurais.

A alternativa solucionou um antigo problema de agroindústrias e agricultores em relação ao destino correto das carcaças.
O problema é suportar o elevado custo logístico e ter o retorno para investimento feito. Por conta disso, a gerência informa que a empresa enfrenta dificuldades financeiras e pode até suspender os serviços. A CBRASA propôs cooperação com os municípios atendidos para subsidiar uma parte do custo do transporte. Alguns, como Faxinal dos Guedes, Marema e Legeado Grande, assinaram contratos. O valor é de R$3 mil a R$ 4 mil por mês e está associado ao número de animais recolhidos.
O gerente Leonardo Biazus, informa que foi realizada reunião com a prefeitura de Seara nesta semana. A administração manifestou disposição em participar, mas os detalhes não foram definidos. O prefeito Kiko Canale, observa que há questões legais envolvidas. "A maioria dos animais são das próprias indústrias", o que torna um acordo para cooperação mais complexo.  "Até agora não há acordo assinado, mas estamos dando apoio no que for possível na questão de acessos", ressalta o prefeito.
O gerente da CBRASA antecipa que na próxima semana poderá ser suspenso o recolhimento em Arabutã, Ipumirim e Lindóia do Sul. Ainda que sem parceria, a CBRASA analisa a possibilidade limitar os serviços nesses municípios em um ou dois dias por semana.
Prejuízos
O prejuízo na fase inicial da CBRASA estava previsto, "mas se persistir até o fim de 2017, o projeto acaba de vez", de acordo como gerente Leonardo Biazus. No processo instalado em Seara, a indústria extrai a gordura, que representa apenas 9% de cada carcaça. A outra parte vira farinha, subproduto que só pode ser utilizado para adubação. O gerente diz que "até agora só conseguimos comercializar a gordura, ou seja, mais de 90% do que chega não tem saída".

Assessoria da AMAUC diz que falta legalidade
O secretário executivo e assessor jurídico da Associação dos Municípios do Alto Uruguai Catarinense, Roberto Kurtz Pereira, analisa que "ainda não há legalidade"para a efetivação de contratos entre a empresa e os municípios para recolher as carcaças.  No entendimento dele, "a responsabilidade é do produtor ou empresa proprietária dos suínos e bovinos". Mesmo com respaldo de uma lei de incentivo, o assessor aconselha cautela: "Está se contratando um serviço particular e o entendimento é pela falta de respaldo legal para firmar contrato".
A CBRASA recolhe carcaças desuínos e bovinos em  26 municípios da região e os processa na fábrica em Seara, na SC 155, saída para Itá.São recolhidas 170 toneladas de animais mortos por semana. Em média, 800 suínos e 70 bovinos por mês. Até o momento a CBRASA é a única autorizada pelo Ministério da Agricultura para recolher e processar animais mortos nas propriedades rurais.

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