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Escassez de milho preocupa

A dificuldade de algumas cooperativas em conseguir quantidades grande de milho, a produção regional afetada pelo excesso de chuva e o aumento das exportações têm levado preocupação aos produtores que precisam da semente para alimentar o rebanho.

O presidente da Copérdia, Valdemar Bordignon, reconheceu em entrevista ao FolhaSete que o momento é complicado. "A gente ainda não tem sentido a falta de milho, mas estamos encontrando dificuldade em comprar lotes maiores. Estamos conseguindo atender sem falta do grão e até acredito que não vai faltar". Acrescenta, no entanto, que os preços praticados pelo mercado estão elevados. Explicou que o governo federal não dispõe de estoques de milho. "Estamos preocupados, porque a safra será menor que a expectativa em função da área plantada e a safrinha, que serve para atender a demanda e manter o abastecimento, nem plantada foi. Se não tivermos uma safrinha considerável, colhendo em torno de 50 milhões de toneladas, como no ano passado, poderemos ter dificuldades de abastecimento".

Conforme Bordignon, o excesso de chuva em algumas regiões e a escassez em outras têm prejudicada a plantação. "A chuva atrasou o plantio em algumas regiões e está impedindo a colheita da safra e atrapalhando a plantação da safrinha. Em outras regiões não tem chovido e a soja está sendo plantada agora, reduzindo a disponibilidade de área para plantio do milho. Mas o Brasil deve investir bastante e as áreas são muito grandes. Tudo vai depender da questão climática". Afirma que a safra normal deve ser menor que a registrada no ano passado. "Como há uma demanda muito forte e o Brasil exportou volumes nunca praticados antes, existe diminuição de estoques internos, o que gera uma preocupação maior".Bordignon explica que para atender os produtores catarinenses são comprados grãos especialmente do Mato Grosso e Paraná.
O impacto da escassez de chuvas sobre as lavouras de soja precoce de algumas regiões de Mato Grosso, líder na produção da oleaginosa no país, levou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a reduzir levemente suas estimativas para a safra brasileira de grãos no ciclo 2015/16. Apesar disso, trata-se de um volume recorde. No caso do milho, o órgão elevou a estimativa para a produção na safra 2015/16. A Conab estima que os produtores colherão 82,327 milhões de toneladas. Mesmo assim, a produção na atual temporada ficará abaixo da safra passada, quando a colheita totalizou 84,672 milhões de toneladas. A queda da área plantada na safra de Verão é de 7,8%, para 5,6 milhões de hectares.

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