Cerca de mil pessoas participaram da celebração da Paixão de Cristo na Igreja Matriz São Daniel de Seara na sexta-feira, 14.

Diferentemente dos outros anos, a Via Sacra foi realizada dentro da Igreja com esquetes teatrais retratando as 15 estações quando da crucificação e morte de Jesus, o Salvador, que entregou sua vida para livrar o povo dos pecados e pela paz entre os homens.
O padre Cleto Stülp conduziu os trabalhos com auxílio da equipe de liturgia, catequistas e jovens catequizandos, Conselho Paroquial, entre outros colaboradores que promoveram um momento singular para marcar a data histórica da humanidade cristã.
Entre cânticos, leituras, orações e a citação de passagens bíblicas contando a história de Cristo com ricos detalhes a exemplo do momento em que Judas renega Jesus por três vezes, o julgamento feito por Caifás, o pedido do povo judeu para Pilatos libertar Barrabás em troca da condenação e crucificação do Messias, bem como o castigo e a humilhação por Erodes, a pregação do Jesus na Cruz e a ressurreição do Espírito Santo. As parábolas demonstram a fragilidade da fé do povo ainda naquela época, o egoísmo e a cegueira oriunda da ganância pelo poder e a riqueza material.
Em meio às cenas apresentadas, a temática e o apelo que traz a Campanha da Fraternidade deste ano à preservação dos biomas. O momento de fortes emoções trazido pelo contexto chamou a atenção dos fiéis presentes na celebração da Sexta-Feira Santa à reflexão.
O pároco searaense foi incisivo em seu sermão. Ao justificar a não distribuição da comunhão, ressaltou que a decisão tem a ver primeiramente pelo jejum que o período recomenda, mas salientou que especialmente, trazendo para a realidade atual, os motivos são a violência que vem se disseminando veloz e tristemente na sociedade, incluindo ocorrências registradas até nas instituições sagradas, como aconteceu na igreja de linha São Paulo com furtos, e também a quebra de imagens de santos em sinal do desrespeito aos ensinamentos do Criador. "Os inocentes, como naquela época, continuam sendo massacrados pelos maus". Acrescentou que "há vários Barrabás e outros bárbaros espalhados pela sociedade". Lamentou ainda toda forma de violência, preconceitos, a fome e a miséria, as destituições familiares e a profanação da Palavra de Deus.
Adoração
Foram aproximadamente 120 minutos de duração do ritual realizado na Igreja Matriz. A celebração encerrou com a adoração de Jesus Cristo.