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Mês de prevenção a casos de suicídio

  • - Catiele Paludo afirma que os tratamentos podem ser eficazes

Especialista dá dicas de como identificar sinais da depressão

A campanha “Setembro Amarelo” visa alertar e conscientizar a sociedade sobre o suicídio, desmistificar tabus, promover o diálogo aberto, prevenir e promover a saúde mental das pessoas. Nesse sentido, a campanha deste ano, que tem como tema “Se precisar, peça ajuda”, está sendo promovida em Seara através de ações desenvolvidas pelo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).

Conforme a psicóloga do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica de Seara, Catiele Paludo, neste ano as agentes comunitárias foram capacitadas e levaram às famílias de sua microárea informações voltadas ao tema, em especial os fatores de risco e ações protetivas de cada indivíduo. “O CAPS desenvolveu material informativo e distribuiu à população. As escolas também têm abordado o tema, assim como os demais setores”. Segundo Catiele, “é importante falar sobre o assunto para que as pessoas que estejam passando por momentos difíceis e de crise busquem ajuda e entendam que a vida sempre vai ser a melhor escolha”.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo anualmente. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano e em Santa Catarina, em 2022, de acordo com o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), foram registrados 926 suicídios, dos quais 77% (718) foram cometidos por pessoas do sexo masculino. Em 2023, até 4 de setembro, foram notificados 580 suicídios, a maioria 76% (443) de homens.

Em Seara, a equipe da Secretaria da Saúde contabiliza 42 notificações este ano entre suicídios consumados e tentados, com o falecimento de quatro pessoas - todos homens. Do total de registros, 17 eram homens e 25 mulheres. Conforme a psicóloga, os números do Estado e do município comprovam os estudos científicos que falam que “os homens normalmente procuram por coisas mais letais, como armas e veneno, enquanto as mulheres tentam tirar a vida através de medicação. Não é regra, mas é o que geralmente acontece”.

A psicóloga enfatiza que a morte por suicídio pode ser evitada por meio de encaminhamento e tratamento adequados. “São muitas as doenças mentais e para cada uma existe formas de tratar, seja para depressão, transtornos ansiosos, alimentares ou dependência química. É importante ressaltar que os tratamentos podem ser eficazes”. Acrescenta que “quando uma pessoa decide terminar com a sua vida, os seus pensamentos, sentimentos e ações apresentam-se muito restritivos, ou seja, ela pensa constantemente sobre o suicídio e é incapaz de perceber outras maneiras de enfrentar ou de sair do problema sem ser catastrófico. Toda a população precisa estar atenta aos fatores de risco e aos sinais de alerta para identificar quem está precisando de ajuda ou para ajudar alguém próximo”.

O Ministério da Saúde destaca que não há como detectar seguramente quando uma pessoa está vivenciando uma crise suicida, porém ela pode dar alguns sinais que devem chamar atenção da família e de amigos, como isolamento, abuso de álcool e outras drogas, mudanças bruscas de humor, diminuição do autocuidado e até a automutilação.


Órgãos

Conforme a psicóloga Catiele Paludo, ao identificar a necessidade de prestar auxílio a algum familiar ou a um conhecido, deve-se buscar serviços como Estratégia de Saúde da Família (ESF), Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) ou os profissionais de Saúde Mental. “Ainda existe o Centro de Valorização da Vida, que presta apoio emocional e atendimento de urgência e emergência. No CVV é possível encontrar ajuda sob total sigilo por meio de voluntários no período de 24 horas por dia”. A ligação é gratuita através do telefone 188 e também por meio de chats de conversa disponível no site www.cvv.org.br.

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