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Sem destino para os efluentes

  • - Lagoas de tratamento não estariam funcionando adequadamente

A geração de efluentes nos municípios é inevitável. São os resíduos provenientes de indústrias, esgotos e das redes pluviais lançados no meio ambiente, na forma de líquidos ou de gases.

No entanto, há meios para a coleta e destinação que reduzam as agressões ao meio ambiente. Os efluentes coletados em Seara eram até pouco tempo levados à empresa Forfar Tripac, que possui um sistema próprio de tratamento. A prefeitura era responsável pela coleta e entrega no local. A empresa dava o fim devido e recebia para isso.
No entanto, o empreendimento, conforme informações do secretário da Administração, Neri Cosmann, encerrou as atividades. Agora, a prefeitura precisa resolver a questão. "Precisamos encontrar uma solução definitiva para isso. Este é um assunto crítico que a maioria dos municípios vem enfrentando. Sabemos que é de responsabilidades da Casan fornecer água e tratamento dos esgotos domésticos, porém isso não vem acontecendo. Já tomamos providências junto à Companhia para que nos ajudem na solução o mais rápido possível".
Relatou que "como este assunto não foi tratado corretamente, quando assumimos em janeiro de 2017 buscamos entender a forma que estavam dando solução paliativa. Estava sendo utilizado sistema de tratamento da antiga empresa Tripac, pagando mensalmente e sem documentação legal exigida. Não concordamos com o procedimento, mas o problema está aí e precisa ser resolvido".
De acordo com o secretário, em 2015 a prefeitura iniciou um processo para construir um sistema para o município e no final do ano cancelaram a licitação". Afirmou, inclusive, que já havia uma empresa vencedora para execução da obra. "O estranho de tudo isso é que em 01/10/2015 foi licitada a contratação de uma empresa de projetos e engenharia na busca de uma solução definitiva para nosso município. A empresa vencedora foi a Itá Geo Ambiental. No entanto, o prazo foi prorrogado por diversas vezes e em 29/12/2016, no apagar das luzes, foi cancelado pelo Decreto 1178. Entendemos que é um assunto muito sério para ter sido tratado desta forma".
Conforme Neri Cosmann, há uma preocupação em dispor de uma saída emergencial e, para o futuro, fazer algo definitivo. "É um problema que não temos como escapar, temos que encontrar a solução". Dentre as ações que estão sendo encaminhadas, assegurou que " primeiramente estamos buscando o caminho legal para a regularização e pagamento dos serviços de 2017 junto aos atuais proprietários da antiga Tripac, trazendo para a prefeitura a responsabilidade de gestão e tratamento. Já notificamos a Casan para nos ajudar na solução, que entendemos ser de sua responsabilidade".
Nesta semana, um morador que reside nas proximidades da Tripac reclamou do mau cheiro e de possíveis problemas ambientais. Ele apresentou inclusive um Termo de Declaração feito no Ministério Público de Seara onde denuncia supostas irregularidades no manejo dos efluentes.
Orçamentos
A prefeitura de Seara já tem em mãos orçamentos com duas alternativas: coletar, armazenar e dispor para uma empresa realizar o destino/tratamento ou montar um sistema de tratamento próprio. Seja qual for a solução, seguindo orientação do Tribunal de Contas, os munícipes deverão arcar com parte deste custo, segundo o secretário Neri Cosmann.   

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