Cerca de 80 servidores públicos da prefeitura de Seara, dos diferentes setores da administração, participaram da assembleia na última terça-feira, na sede do Sindicato da categoria. Três momentos distintos marcaram o encontro.

O principal assunto foi a discussão da contraproposta enviada pela administração para o reajuste dos salários dos trabalhadores, que por unanimidade não foi aceita. Revisando os acordos anteriores e também levando em consideração as receitas do município e despesas com as folhas de pagamento, com auxílio do presidente da Federação dos Trabalhadores Municipais de Santa Catarina (Fetram-SC/Cut), Lizeu Mazzioni, bem como os ajustes alcançados por algumas cidades da região e o percentual do salário mínimo, os trabalhadores ficaram descontentes com a proposta do Executivo e alguns até se pronunciaram enfatizando que o valor sugerido é desrespeitoso.
Na pauta de negociação, primeiramente os servidores aprovaram o pedido de 12% de acréscimo salarial, sendo o INPC acumulado de abril a março e mais um ganho real de 7%. A prefeitura, no entanto, ofertou 5%. O vale-alimentação, que hoje está fixado em R$ 150, passaria a ser de R$ 175. Ponderando sobre a situação, com a manifestação incisiva de alguns servidores, todos os presentes se recusaram a aceitar menos de R$ 10% de aumento e que o valor do vale-alimentação seja no mínimo de R$ 200.
Ficou acordado que a diretoria conversará novamente com a administração no próximo dia 4, para buscar uma definição. Caso o pedido não seja aceito, a determinação coletiva é de que uma nova assembleia seja marcada para apresentação dos resultados das tratativas e novas avaliações. Os trabalhadores não descartam uma paralisação da classe.
Na primeira parte da assembleia, 15 minutos foram disponibilizados aos representantes da Agemed para apresentação de uma proposta de um plano de saúde. O presidente da Fetram-SC também usou a palavra para falar sobre a atual situação do país, dos discursos do governo federal que, segundo ele, são desculpas mentirosas que vão novamente prejudicar a classe trabalhadora com a aprovação da reforma da Previdência, trabalhista, entre outros projetos em discussão, solicitando apoio ao movimento grevista nacional realizado ontem, na tentativa de impedir que as proposições sejam implementadas. Também houve a recomposição da diretoria do Sindicado, já que a atual presidente, Filomena Freyer, achou por bem e também levando em consideração a questão legal, deixar o cargo principal por ser servidora aposentada e estar ocupando um cargo de confiança na atual gestão.
Nova composição
Presidente: Arival Cruz do Nascimento
Vice-presidente: Marlise Wortmann
Tesoureiro: Genuir Mariani
Secretária: Ivana Cerutti
Secretária de Formação: Sonia Martini
Secretária de Comunicação: Giseli Garghetti
Secretária de Organização Sindical: Arli Bugs
Secretário de Política Social: Renê Paulo Ritter
Secretária de Assuntos Jurídicos e Trabalhistas: Filomena Freyer.