A instalação de hidrelétricas desempenha papel importante não somente à geração de energia, conforme sua principal função.

Os investimentos normalmente são vultuosos para a estruturação de tais obras de engenharia extremamente complexas. Nas localidades onde são implantadas, contribuem positiva e fortemente para o desenvolvimento econômico. 

De acordo com o gerente-geral do Consórcio, Reginaldo de Oliveira, que atua junto à Usina Hidrelétrica de Itá (UHE), "a implantação de uma hidrelétrica propicia o desenvolvimento regional através da geração de emprego e renda, amplia a consciência ambiental pelos programas que são desenvolvidos, incluindo a educação e conservação do meio ambiente com as unidades de conservação". A UHE Itá, por exemplo, implantou o Parque Fritz Plaumann em Concórdia, e o Parque Teixeira Soares, localizado em Marcelino Ramos-RS.
Ele acrescenta que "o reservatório formado amplia as possibilidades e oportunidades de turismo, aumentando o número de visitantes nas cidades lindeiras ao lago, fomentando o comércio da região. Há ainda a compensação financeira pelo uso recursos hídricos pagos mensalmente à União, estados e municípios abrangidos pelo lago e os demais impostos".
No entanto, após a tragédia ocorrida em Mariana-MG, com o rompimento da barragem de Fundão, que provocou devastação em algumas localidades e deixou um saldo de 17 mortos, mais de 50 feridos e dois desaparecidos, os olhares se voltaram mais atentamente às geradoras, especialmente em relação às condições estruturais.
Poucas pessoas sabem, mas as hidrelétricas têm vida útil. Há informações de que uma usina pode chegar a 50 anos e ser estendida por mais 50 anos desde que sejam feitos novos investimentos. Especificamente com relação à UHE Itá, segundo Reginaldo de Oliveira, "o Consórcio Itá possui a concessão da Usina até 2030, contudo o tempo de operação depende muito de como é realizada a operação e a manutenção dos seus sistemas, equipamentos e estruturas civis". Esclarece que "cada sistema e equipamento têm tempo de vida útil específico.Os equipamentos que compõem os sistemas de supervisão e controle são os que requerem sua troca primeiro e as estruturas civis têm o maior tempo de vida útil". 
O gerente-geral ressalta que "a capacidade das unidades geradoras se mantém conforme o projeto, desde que a operação e a manutenção seguirem suas regras operacionais e os investimentos necessários forem realizados". A manutenção é realizada de acordo com a filosofia adotada pela empresa que faz a operação. "No caso da UHE Itá, são realizadas manutenções de rotina mensal, semestral, anual, bianual e quatrienal, dependendo de cada equipamento".
Desativação
A desativação de uma usina é uma a ocorrência rara. "As estruturas e equipamentos são revitalizados ou substituídos antes de atingirem o fim da vida útil. Porém, caso ocorra a decisão pela desativação, por critérios técnicos, econômicos ou até mesmo ambientais, é realizada toda a desmontagem e desativação dos equipamentos e demais estruturas e recuperada toda a área do reservatório".