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Desafio é ampliar atendimento

  • - limitação de consultas nas unidades tem sido motivo de reclamação da população

O setor de saúde é um dos mais complexos e que exigem maior atenção de parte dos municípios.

Em Seara, a área também tem sido motivo de algumas reclamações, especialmente em relação ao número de fichas disponibilizadas nos postos.
Nos últimos dias, usuários do sistema público de Saúde procuraram a reportagem do Folhasete. A maior fonte de queixas é o do bairro São João. De acordo com o relato, além de ter que esperar por quase uma hora no lado de fora da unidade no início de tarde, ao ser atendido o cidadão foi informado que não havia mais fichas para consulta e que apenas um médico estava trabalhando no local. Ele recebeu a informação de que apenas 12 fichas para consulta são liberadas.
A reportagem passou nas cinco unidades de saúde de Seara entre as 15h39 e 16h da terça-feira, 27 de abril. Em todos os postos a movimentação era calma e na maioria havia apenas pacientes para tomar vacinas. Nos ESFs 4 e 5, localizados no Centro de Saúde, são cinco médicos que atuam, sendo dois fixos e três especialistas que trabalham algumas vezes por semana. Na terça-feira um médico faltou e às 15h40 já não tinha mais profissional para atendimento no local.
Na unidade 3, também no Centro de Saúde, são três profissionais fixos e outros três especialistas, mas apenas um estava na unidade, mas sem pacientes para atendimento. No ESF 1, localizado próximo a Corporação de Bombeiros, no bairro Industrial, apenas um médico é fixo. Por volta das 15h50 do dia 27 havia em atendimento apenas o pediatra. Já no ESF 3, do bairro São João, às 16h, dos dois médicos fixos da unidade, um tinha faltado e o outro já não estava no ESF.
Recente ação do Ministério Público prevê o ajustamento de conduta dos médicos que atuam na rede pública de saúde. O termo determina o cumprimento do horário ao qual os médicos foram contratados nos postos. O prazo para o município assinar o Termo de Ajustamento de Conduta vence em 15 dias. O secretário de Saúde, Flávio Zolet, explica que durante esse período há diálogo com os profissionais, mas todos terão que cumprir a determinação. "É uma exigência do Ministério Público. Se a gente não assinar, a própria Promotoria vai tomar algumas providências".
Sobre a limitação de 12 fichas por período, seria uma determinação do Conselho de Medicina. "A gente sabe que há algumas consultas que demoram um pouco mais e outras menos, mas estamos pedindo o bom senso dos médicos para que conversem com as pessoas que chegam para ver se é caso urgente. A gente precisa ter a sensibilidade para resolver a questão". Para acabar com as filas nos períodos de abertura dos postos, algumas medidas estão sendo estudadas, como o agendamento de consultas. "Mas para isso a gente precisa contar com alguns fatores, como os médicos estarem nas unidades", argumenta o secretário.
Postos
A partir desta semana os cinco postos de saúde da cidade estão abertos das 7h às 17h, de segunda à sexta-feira, sem fechar ao meio-dia. A medida, segundo o secretário Flavio Zolet, visa facilitar o acesso aos usuários. "Não haverá atendimento neste horário do meio-dia, mas a estrutura estará à disposição. As pessoas vão poder se proteger, sair da chuva ou do sol e usar os banheiros, por exemplo. É um primeiro passo".
 

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