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Preocupação com aumento de casos

A sífilis é uma doença infecciosa sexualmente transmissível, causada pela bactéria treponema pallidum.

Trata-se de uma epidemia mundial, de acordo com o diretor da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Estado de Santa Catarina (Dive), Eduardo Marques Macário.
Segundo ele, "no Brasil e em Santa Catarina não é diferente". Destaca que no Estado há dados diferentes sobre a sífilis. Um é da doença adquirida, que ocorre em adultos e em 2014 foram detectados 3.716 casos e em 2015 subiu para 5,7 mil. Em gestantes eram 777 em 2014 e agora aumentou para 1.254. E a congênita, quando passa para a criança, pulou de 272 casos em 2014 para 475 em 2015. "Há um aumento significativo e a nossa meta é reduzir principalmente as infecções congênitas e por consequência diminuir na população adulta, onde a situação é bem complexa".
O diretor explicou que "a preocupação nos últimos cinco anos tem aumentado no país como um todo e em nosso Estado também, pois os números têm mostrado que a quantidade de pessoas infectadas pela sífilis está crescendo muito e o risco maior está com as gestantes e crianças". A doença é transmitida da mãe para o filho, conhecida como sífilis congênita, e pode ocasionar a ocorrência de abortos, natimortos e sequelas irreversíveis, como a cegueira. "Por isso consideramos que é uma situação de emergência e temos que enfrentá-la abertamente". Eduardo Macário ressaltou que a principal forma de prevenção é tomar os devidos cuidados nas relações sexuais. "As pessoas precisam se conhecer como portadoras da sífilis, porque a doença se apresenta de diversas formas e é até muito silenciosa. O paciente não tem sintomas e fica transmitindo e incubando aquilo. Então, a única forma de realmente identificar se é portadora é fazendo os testes através de exame de sangue, tanto do laboratório quanto a estratégia dos testes rápidos, que agora estamos difundindo. Toda gestante ou mulher que queira engravidar, primeiramente deve fazer os exames e, em caso positivo, fazer o tratamento o mais breve possível, não somente ela como também o parceiro".
Macário esclarece que "mesmo que a mulher realize o tratamento, que é simples, são três aplicações de penicilina, se o parceiro dela não tratar, ele, como portador, voltará a transmitir a doença".
Realidade local
Em Seara, conforme a enfermeira da vigilância epidemiológica, Juliana Foralosso, no ano passado eram sete casos. Neste ano já são 15, sendo três em gestantes e os demais em pessoas entre 17 e 49 anos. Enfatiza que a situação é preocupante.

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