Atualmente 38 pacientes do município estão em tratamento contra a doença. Uma pessoa não aderiu à medicação, que é fornecida pelo sistema público de saúde em todo o Brasil.

O tema deste ano para o Dia Mundial de Combate à AIDS - ou Dia Mundial de Luta Contra a SIDA - lembrado na quinta-feira, 1º de dezembro, é Equidade. A referência tem como propósito chamar a sociedade a fazer sua parte no combate às desigualdades e colaborar, desta forma, na prevenção e combate ao HIV.

A proposição chega através da UNAIDS ou ONUSIDA, programa das Nações Unidas criado em 1996 com a missão de ajudar as nações no combate à doença prevenindo o avanço do vírus, bem como prestar tratamento e assistência aos afetados, já que a Aids afeta hoje, desproporcionalmente, pessoas negras, homens homossexuais, usuários de drogas e mulheres trans, como mostra o relatório anual do UNAIDS. Ao longo do ano passado, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil teve 50 mil novos casos da doença. Desta forma, o país chega à marca de 960 mil pessoas vivendo com HIV.

Para frear o avanço da doença o entendimento é de que é preciso falar sobre a Aids. É necessário trazer o assunto à pauta novamente, pois com a incidência de outros vírus, a exemplo do coronavírus e também da dengue, outros males tendem a ser deixados de lado pela população.

O Folhasete buscou com a Secretaria da Saúde dados de Seara. Em 2022 o município registrou uma morte por Aids. Atualmente Seara tem 39 pacientes com a doença. Destes, são 22 homens e 17 mulheres. Trinta e oito pessoas estão fazendo uso do tratamento disponível oferecido gratuitamente pelo SUS. Apenas uma pessoa não aderiu à medicação.
De acordo com a Vigilância Epidemiológica do município, além dos remédios contínuos, a saúde searaense prioriza, seguindo o o protocolo de cada paciente com HIV, consulta médica com infectologista (quando necessário), exames e apoio psicológico. Há também uma parceria com o IST Aids de Concórdia, que auxilia diariamente o município com os pacientes soropositivos na realização de exames específicos, atendimento médico e de enfermagem e a medicação a ser ministrada. Além disso, são distribuídos preservativos e gel lubrificante na Vigilância Epidemiológica e nas unidades de saúde.

O teste rápido de HIV está disponível também de forma gratuita em todas as unidades básicas de saúde e é feito de forma sigilosa.

Programação

Com relação à programação alusiva ao Dia Mundial de Combate à Aids, a enfermeira responsável pela Vigilância Epidemiológica de Seara, Juliana Foralosso, informou que durante todo o ano foram realizadas diversas ações de prevenção, como testes rápidos nas empresas e distribuição de preservativos. Portanto, não houve uma programação exclusiva para a data. “Nosso trabalho é contínuo”, finalizou.