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Audiência Pública é realizada

  • - Seu Gelmino demonstrou infatisfação com o abastecimento de água

Os recorrentes problemas no serviço de abastecimento de água prestados pela Casan aos moradores de Seara estiveram em debate na tarde da quinta-feira, 22.

O Ministério Público, por meio do promotor Michel Eduardo Stechinski, promoveu no Salão do Júri do Fórum da Comarca local uma Audiência Pública para tratar do caso.
O encontro contou com a presença de cerca de 50 pessoas, entre elas lideranças locais, como o prefeito Kiko Canale, e a secretária da ADR de Seara, Gládis dos Santos, além de vereadores, empresários e representantes da comunidade, que vem sofrendo com a constante falta de água. Seu Gelmino Marcanzoni, morador do bairro Garghetti, lembrou que há dois anos, também em Audiência Pública, a Casan prometeu fazer melhorias e solucionar o problema da falta de água, mas pouco foi feito. "A tubulação deveria ter sido trocada e ampliada, mas prometeram da outra vez e não cumpriram. A paciência acabou. Toda hora falta água. Que criem vergonha para resolver o problema, pois a conta tem que ser paga todo mês", desabafou Gelmino, que ainda ressaltou que "muitas vezes pago pelo vento e não pela água".
Quem também se mostrou indignado com o serviço prestado pela Casan foi Jacir Wertman, morador do bairro Padre Lídio. Ele explicou que "falta água todo fim de semana ou feriado e demora a voltar. Fico até envergonhado em falar, mas já tive que ir buscar água de balde em vizinhos e tomar banho em uma bacia, pois não vinha água nas torneiras". Mesmo assim, o morador tem esperança que a situação vai melhorar. "Senti um bom envolvimento e acredito que se todos os órgãos competentes se empenharem na causa, vamos conseguir que não falte água".
Conforme os moradores que se manifestaram na audiência, as explicações dadas pela Casan poucas vezes convencem, porém foi dada a garantia de que ações para amenizar os problemas serão realizadas.Representando a Companhia, o superintendente regional Écio Bordignon admitiu que água tem, e em abundância, mas existem falhas no abastecimento. "Na parte mais alta da cidade a tubulação é insuficiente para fazer com que a água chegue até lá. Temos conhecimento dos locais e nossa prioridade é iniciar as obras no próximo mês. Nossa maior intenção é resolver os problemas". O valor total a ser investido não foi estimado. Acrescenta ainda que "nos últimos anos a Casan investiu mais de R$ 200 mil em bombas para o poço profundo, além da troca de mais de 13 mil metros de tubulação. Foram realizadas ainda duas limpezas da barragem nos últimos anos". 
Manifestação
O promotor Michel Eduardo Stechinski ficou satisfeito com a participação da comunidade e das lideranças e ressaltou que vai continuar cobrando a solução dos problemas pela estatal. "Ficou clara a situação da falta de água e a necessidade da ampliação da rede, admitida pela própria Casan, que se comprometeu em fazer as melhorias. Vamos aguardar e cobrar dentro de uma ação que já existe. Se as normas não forem cumpridas, vamos tentar aplicar novas medidas, como multa e, se necessário, pedir o afastamento de dirigentes".

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