A equipe do Programa de Combate a Dengue, juntamente com agentes de endemia e demais profissionais ligados a saúde de Seara, realizaram no sábado, 14, mais um mutirão de combate ao mosquito Aedes aegypti no município.

Os trabalhos foram concentrados nos bairros Monte Castelo, Nossa Senhora Aparecida e algumas ruas do Bela Vista. A ação envolveu dezenas de profissionais e consistiu na limpeza de terrenos, recolhimento de lixo, eliminação de objetos que acumulou água, além de coleta de larvas para análise.     

A coordenadora do Programa de Combate a Dengue em Seara, Fabiula Pereira, enfatizou que "o principal objetivo foi eliminar todo e qualquer criadouro artificial do mosquito que possa existir nas casas, terrenos baldios e nas vias. Lixo e entulho jogado à céu aberto também estamos recolhendo, pois é nesses locais que pode acumular água e servir de criação para o mosquito".
Além do trabalho a campo também foi realizada a orientação às famílias. Os profissionais de saúde distribuíram um panfleto alertando para os cuidados que precisam ser tomados com o mosquito e como evitar que ele prolifere. "Estamos conscientizando a população, explicando como fazer para eliminar os criadouros do mosquito e manter a região livre dele, pois de nada adianta a gente fazer esse mutirão e a população não manter o trabalho", disse Fabiula.
A ação deve ser realizada nos demais bairros nas próximas semanas e a orientação é que todos colaborem no combate ao vetor. "Foi apenas o segundo mutirão e vamos passar por todos os bairros. É fundamental que a comunidade não deixe água parada e dê destino correto ao lixo, que hoje é o maior criadouro artificial do transmissor. Lembramos que com o frio os focos continuam aparecendo, pois o ovo do Aedes só morre em temperaturas de 10º negativos ou acima de 45º e dura até 18 meses". 
Seara já contabiliza 16 focos do mosquito em 2016. Dois casos de dengue foram confirmados em Seara, ambos importados.
O senhor Ulisses Alves dos Santos, morador do bairro Nossa Senhora Aparecida, avalia de forma positiva o trabalho dos agentes de combate a dengue e destaca que "tentamos cuidar perto de casa deixando tudo limpo, pois o mosquito é uma praga". Quem também sabe da importância de eliminar os focos é a senhora Lídia Ebert, que mora na rua Concórdia. "Cuido bem do entorno de casa e nos vasos de flores nunca deixo água parada", ressalta a moradora consciente.
Casos em SC
De 1º de janeiro a 14 de maio foram notificados 11.722 casos suspeitos de dengue em Santa Catarina. Desses, 4.116 (35%) foram confirmados, 6.421 (55%) foram descartados e 657 (6%) estão em investigação pelos municípios. Outros 528 casos (5%) estão inconclusivos.