As atividades foram retomadas em fevereiro na Casa Familiar Rural Ludovico de Marco, em Caraíba.

Conforme a coordenação da escola, 47 alunos estão frequentando a instituição que tem como modelo de ensino a alternância e foco principal para a agricultura. O educandário atende, especialmente, filhos de agricultores de Seara, Itá, Arvoredo, Paial e Arabutã que pretendem concluir o ensino médio ou mesmo buscar uma nova formação, já que os concluintes são credenciados como Técnicos em Agricultura.

A professora e responsável técnica, Letícia Solonynska, explica que são três turmas de estudantes que se alternam entre as semanas. "Encerramos as inscrições porque não temos alojamento suficiente para atender mais alunos. Os estudantes mesmo trouxeram o nome de outros interessados em estudar aqui. A partir disso, fizemos as visitas para depois efetuar a matrícula". Quem tiver interesse em se matricular a dica é ficar de olho no período de inscrição que deve acontecer entre setembro e outubro.
Letícia reforça que o aprendizado é dividido em quatro eixos e tem como método a forma de alternância. "Cada turma vai realizar as 21 alternâncias que tem a cumprir na escola. Eles alternam o tempo entre a comunidade/família e escola". Outro diferencial na grade é que todas as quintas-feiras os estudantes fazem aulas práticas sobre o assunto tratado na semana. 
De acordo com a responsável técnica Letícia, uma conquista para a Casa Familiar foi o reconhecimento junto ao MEC da validade do tempo que os alunos passam junto com a comunidade. "Sempre existiu e eles sempre foram assistidos pela equipe técnica, mas não tinha essa validade. Agora está dentro da ementa e conta com horas a mais no registro do CREA". O monitor técnico, Carlos Paludo, enfatiza que "o nosso jovem formado aqui tem o título com o mesmo peso do colégio agrícola de Concórdia. O aluno sai da casa com o CREA e formado como Técnico em Agricultura e no IFC se forma Técnico em Agropecuário".
A exigência para frequentar a Casa Familiar é ter o ensino fundamental completo. "Ele precisa ter a oitava série ou nono ano completo. A partir disso pode frequentar a escola", diz Letícia.
Paludo informa que muitas parcerias foram fechadas com entidades e prefeituras para realização de atividade diferenciadas. "Esse ano mudou porque temos um desafio para setembro que é a realização das Olimpíadas das Casas Familiares Rurais que vai envolver cerca de 350 jovens e as famílias. É um desafio que lançamos para realizar em dois dias. Teremos a participação de em torno de 80 municípios". 
Outra novidade do ano é a construção de um barracão para produção de mudas de flores para embelezar as ruas de Seara. "A ideia é fazer cerca de 60 mil mudas de flores e a gente sabe que a cidade ocupa 45 mil, então sobra aproximadamente 15 mil para a gente estar distribuindo para algumas casas e entradas de cidades. Também adotamos a entrada do Museu Fritz Plaumann. Então estaremos desenvolvendo um projeto junto com a prefeitura para embelezar o local", lembra o monitor técnico. Acrescenta que os projetos motivam os alunos a colocar a mão na massa.