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Comunidade quer conhecer Plano

Desde julho de 2014, quando da decorrência de cheias na região e alerta de alagamento na cidade de Arvoredo, a comunidade tem anseio em conhecer detalhes sobre o Plano de Contingência das PCHs Alto Irani e Arvoredo, instaladas no Rio Irani que passa por toda a cidade.

Na busca por respostas a Administração Municipal vem há meses aguardando pela empresa gestora dos empreendimentos, a CPFL Energia o repasse de informações para que a comunidade seja informada e preparada. Nesse sentido ocorreu na terça-feira, 16, uma Audiência Pública. Porém, o evento frustrou as expectativas uma vez que os representantes da empresa apresentaram apenas dados de engenharia da estrutura. 

Conforme o gerente de Operação e Manutenção, Paulo Cesar Pereira, no ponto de vista estrutural os dois empreendimentos que são as PCHs Alto Irani e Arvoredo, são seguras. "Nós estamos trabalhando para poder resolver essa questão. Temos um plano de contingência elaborado e vamos discutir a melhor maneira de divulgar isso à população. Posso dizer em termos técnicos que estamos seguros, pois a barragem e o reservatório respeitaram todas as normas de engenharia", afirmou.
O Major Walter Parizotto, Comandante do 3º Batalhão de Bombeiro Militar de Xanxerê e instrutor de eventos naturais extremos na academia de formação de bombeiros, desconhece o plano e disse que a corporação não foi convidada para participar dos debates de elaboração.  Além disso, destacou que o caso da cidade de Arvoredo é atípico, pois nenhuma outra de Santa Catarina tem barragens tão próximas da população. "Mas eu saio animado dessa reunião com a possibilidade de revisarmos o plano de segurança. A gente não pode evitar que as coisas aconteçam, principalmente aquelas de origem natural, mas podemos fazer com que as pessoas fiquem mais tranquilas e que o acesso as informações sejam mais eficientes. Esse compromisso da empresa em refazer o plano de segurança e construir com a comunidade pode ser uma boa saída", avaliou. Lembrando do alerta relacionado a possibilidade de alagamento da cidade em julho de 2014, disse que "naquela ocasião as medidas tomadas no nível de informações que se tinha, ou seja, quase nenhum. Nossa corporação não admite qualquer tipo de risco, e foi o que fizemos, minimizamos o risco". Ainda de acordo com o Major Parizotto a busca de informações do plano tem como objetivo a segurança da comunidade. "Temos em mente que a barragem é construída para não se romper, mas essas informações técnicas de como ela se comporta e o que vai acontecer em caso de cheias, as pessoas precisam saber, pois convivem com o rio", completou.
Pela Defesa Civil Estadual, o coordenador regional Luciano Peri informou que estão sendo planejadas ações de prevenção nesse sentido com o mapeamento das bacias hidrográficas para poder identificar o quanto chove e quanto os volumes representam e buscar parceiras com centrais elétricas, hidrelétricas e PCHs para que repassem as informações a serem adicionadas ao sistema de informações da Defesa Civil, visando possibilitar maiores assertivas em momentos de desastres. "Neste caso, as informações não estavam chegando de forma adequada aos canais competentes, e outras ainda não sendo encontradas. Então partir de agora ficou acertado que vamos relacionar as equipes técnicas para que os dados sejam incluídos em nosso sistema e, além disso, precisamos capacitar a comunidade, para que ela entenda o que está acontecendo e esteja treinada para o enfrentamento dos desastres", completou. 
Existe ainda o projeto para construção de uma terceira PCH na cidade. A discussão sobre o assunto é polêmica na cidade, pois existem vários argumentos positivos e muitos outros negativos sobre o empreendimento. Foi realizado um debate com a comunidade e empreendedores, pois existe desde 2010 um Inquérito Civil Público no MP de Seara, impedindo a obra até que pontos importantes sobre questões ambientais e de segurança sejam esclarecidos.

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