Corpus Christi incentiva a comunhão entre os diferentes
-
- Na próxima quinta-feira, a comunidade católica celebrará o Corpus Christi
Na próxima quinta-feira, a comunidade católica celebrará o Corpus Christi, a “Festa do Corpo de Cristo.
A escolha do dia da semana – quinta-feira – também é parte da tradição, pois remete à memória da Última Ceia, quando Jesus, antes de morrer, disse aos seus discípulos que o pão representa seu corpo e o vinho, o seu sangue.
Neste ano, o tema para reflexão é “Eucaristia: Banquete da vida, fonte das vocações”. O pároco da Igreja São Daniel, José Tarcizio Hentz, relata que neste ano não haverá a procissão sobre os tapetes coloridos com símbolos sacros que enfeitavam as principais ruas da cidade. “Definimos junto com as lideranças que cada comunidade fará uma celebração. A tradicional procissão, que une os diferentes bairros, será realizada a cada dois anos”. Os grupos da catequese estão envolvidos na preparação dos ritos.
Conforme o cronograma da Paróquia, na Igreja Matriz a missa de Corpus Christi será rezada às 8h30. No bairro São João, às 18h. No bairro Industrial, às 19h. Em Arvoredo, na igreja da cidade, a celebração será as 9h. À tarde haverá missas nas comunidades de Carlos Gomes e Santa Terezinha, ambas às 14h.
O padre José destaca que a temática da reflexão abordará situações bastante atuais. O sermão trará à tona especialmente “a Comunhão que acontece nas diferenças. Queremos resgatar isso. A comunhão que tem que acontecer através da convivência saudável, na família, na comunidade, no trabalho, com a natureza, com respeito ao diferente, com tolerância. E a comunhão consigo mesmo, porque é preciso se aceitar. As pessoas acham que todo mundo tem que ser igual. Vamos abordar o racismo, a falta de sensibilidade em compreender que cada um pode ser como quiser, porque somos livres. A partir dessas diferenças, vamos construindo comunhão”.
Conforme o pároco, Jesus é o pão vivo descido do céu. “É alimento, a força para todos nós. E isso se compreende a partir de uma ideia da filosofia que se chama alteridade. À medida que a gente se encontra com o outro, nós crescemos. E toda a negação dessa comunhão, desse encontro com o diferente, empobrece”. O padre José finaliza justificando que “quando nós queremos igualar a todos, isso é uma grande tragédia. Veja o caso das fotocópias. Quando fazemos uma cópia, nenhuma fica mais perfeita que a original. Somos únicos”.
Deixe seu comentário