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Custos caem na produção de suínos

  • - Produtor Erasmo Bavaresco afirma que o momento ainda é de incertezas

Produtor Erasmo Bavaresco diz que a situação da atividade hoje está mais equilibrada

As constantes quedas nos preços dos insumos nas últimas semanas, especialmente no milho e na soja, estão dando um alento para o produtor de suínos na região. Apesar de o preço pago ao suinocultor não ter reagido, a situação está mais equilibrada, conforme lideranças do setor.

Na avaliação do presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, “realmente a gente vê que o preço do animal vivo não tem reagido. Ele sobe, mas volta a cair, ficando em patamares entre R$ 5,60 e R$ 5,70 o quilo na integração e em torno de R$ 6 no mercado independente. Ainda é uma situação de grande dificuldade para o nosso suinocultor, principalmente o independente. O que está amenizando a situação é a questão dos grãos, com queda no preço da soja, que se reflete no farelo obviamente, e também do milho”. Losivanio explica que o farelo de soja chegou a ter um custo de R$ 3 mil a tonelada e agora está girando em torno de R$ 2.300. Já com relação ao milho, em algumas regiões do Estado o preço chegou a 110 a saca e hoje é vendido por cerca de R$ 70. “E há previsão de maiores quedas, tanto no farelo de soja quanto no milho, e isso traz um alento para o produtor independente. Diminuindo os custos, obviamente muda a conta do que ele está pagando hoje para produzir”.

O presente da ACCS destaca que atividade está próximo de um equilíbrio na relação entre custos de produção e ganhos. “ A gente faz a conta de que preço do suíno hoje deveria estar em torno de R$ 6,30 para equilibrar o custo de produção. Para termos viabilidade econômica, os grãos precisam estar um preço mais baixo e a tendência é essa, pois temos uma super safra, tanto de milho quanto de soja”.

Se a tendência ainda é de queda na cotação dos insumos, com relação ao preço do suíno a expectativa é de reação, segundo o presidente da ACCS. “O preço do suíno sempre alavanca mais com as exportações a partir de março. Então, nós acreditamos em meses melhores. No inverno há também um consumo maior de carnes”. Losivanio entende que haverá um acréscimo no consumo no mercado interno também. “Havia uma saturação no mercado, mas houve um reequilíbrio por parte das agroindústrias”.

O presidente da ACCS destacou que “o produtor neste momento deve analisar o que é melhor, se continuar na integração ou trabalhar como independente”. Também deve estar atendo a questões sanitárias. “A sanidade dentro da propriedade rural é imprescindível. É preciso respeitar as normas da Cidasc e do Ministério da Agricultura para que possamos continuar com essa pujança, porque se perdermos o status sanitário, poderemos tudo”.


Avaliação

Para o suinocultor Erasmo Bavaresco, de linha Salete, o momento na atividade ainda é de incertezas. Ele trabalha com cerca de 300 matrizes e vende leitões no sistema de integração. “Os custos diminuíram. Quanto à rentabilidade, vai do modelo de produção de cada um. Hoje podemos dizer que o suíno está se pagando, mas temos que trabalhar sempre no limite, produzindo o máximo para não termos prejuízo. Já o futuro ainda é muito incerto para a atividade”.

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