A ponte sobre o rio Irani voltou a registrar graves acidentes. Em 2016, já são três mortes em um mês, além dos prejuízos à estrutura.

Agora Deinfra e Polícia Rodoviária Estadual (PMRv), buscam ações para evitar novas tragédias.

Na última terça-feira foi retirado das águas do rio os últimos destroços do caminhão Volvo da empresa ReiterLog que caiu no rio na sexta-feira, 26, e vitimou o motorista Vanclay Lima Figueiredo, de 34 anos. A Polícia Rodoviária ainda aguarda resultado de perícias no veículo e trabalha na elaboração do laudo que aponta as possíveis causas, porém como já adiantado pela PMRv não se descarta falha humana.
De acordo com o Sargento Jorge Luís Kessler, comandante da PMRv de Bom Jesus, a maioria dos acidentes no trecho é por falta de atenção e imprudência. "Existem placas enormes no início da descida apontando a velocidade de 40km/h e já estamos intensificando a fiscalização nos dois sentidos próximo à ponte com radares móveis, ou seja, veículos flagrado acima de limite serão autuados". Explica que o objetivo é conscientizar os condutores e dar mais segurança aos usuários da rodovia. 
Já o superintendente regional do Departamento Estadual de Infraestrutura, Deinfra, Elio Godoy, reconhece que o local merece atenção especial e necessita de melhorias. Informou que "nesta semana uma empresa contratada pelo órgão instalou a defensa metálica no trecho antes da ponte e a mureta de proteção da ponte já está sendo produzido para ser instalada até o dia 10".
Godoy mencionou ainda que a intenção é melhor também a sinalização e "além disso queremos instalar uma lombada física em meia pista, na descida, para que sirva de alerta aos motoristas, pois o execesso de velocidade é um problema no local. Também há a possibilidade da instalação de uma caixa de brita, mas necessita de projeto e a tramitação é demorada".
A reportagem do FolhSete também buscou a opinião de motoristas, especialmente de caminhões e que transitam pela rodovia. Para Joel Pommerening, 34 anos, de Chapecó, e que trabalha com caminhão há mais de oito anos, "tem que ter cuidado redobrado em descidas longas. Há um ditado bem claro que diz: a mesma marcha que sobe, desce. Caso contrário, vai continuar dando acidentes sempre e o caminhão é uma caixa de surpresas e mesmo com revisão periódica se corre riscos". 
Pommerening ressalta ainda que "é importante aumentar a sinalização e uma caixa de brita logo no início da curva é importante. O motorista precisa estar atento. Quando perceber que está sem freio é bater no barranco e não deixar o caminhão embalar".
Para Adair Ebeling, de Paial, que conhece bem a região e trabalhou um bom tempo no transporte de suínos, "se você está com muita carga tem que manter uma marcha mais reduzida e controlar a velocidade. Não dá pra arriscar."