Apenas 13 milímetros de chuva em julho de 2017. Esse é o dado oficial divulgado pela Estação Pluviométrica da Embrapa Suínos e Aves de Concórdia sobre a precipitação na região.

É uma das menores precipitações para o período desde o início da aferição, iniciada em 1987. A média para o mês era de 80 a 90 milímetros.
Em alguns municípios da região pode ter chovido um pouco mais, em outros um pouco menos, mas em média a chuva, que sobrou nos meses de maio e junho, faltou em julho. Em Seara o nível do rio Caçador diminuiu consideravelmente, apesar da chuva desta semana que foi em média de 30 mm. O abastecimento de água na cidade por enquanto segue normal, segundo a Casan. O gerente da unidade local, Marcos dos Santos, destaca que "estamos utilizando água do rio durante o dia e à noite a água do poço profundo, que mantém a vazão normal".
Das 7h às 23h a Casan utiliza água do rio Caçador, que ainda transborda a barragem localizada em linha Água Bonita. Já das 23h às 7h do dia seguinte o abastecimento é pelo poço profundo. "Acredito que se não tivesse o poço profundo a situação já começaria a complicar, pois o consumo de água na cidade de Seara é de três milhões de litros por dia".
Já na agricultura os reflexos com a falta de chuvas significativas também foram percebidos em Seara. O secretário da Agricultura de Seara, Ernesto Gomes, explica que nesta semana a prefeitura iniciou o transporte de água a algumas propriedades do interior e a chuva da última quarta e quinta-feira não mudou muito a situação. As pastagens também foram prejudicadas pela  baixa umidade registrada em julho.  
De acordo com Gomes o tempo não tem colaborado. "Primeiro foi a chuva em excesso atrapalhando a germinação e agora o tempo seco retardando o crescimento do azevém, principal pastagem da época. Esperamos que com a chuva desta semana a situação melhore. Muita gente se preveniu com silagem, mas não é a mesma coisa. A produção de leite com pastagem de qualidade chega a ser até 20% maior". Com relação ao plantio da próxima safra, o secretário afirma que "ainda estamos em um período de transição e o trabalho nas lavouras se concentra mais na colocação de calcário e adubo. A plantação em si deve começar em meados de agosto em diante quando esperamos ter mais umidade no solo".
Outra preocupação decorrente da falta de chuvas e o tempo seco são as queimadas. Nas últimas semanas os bombeiros atenderam casos de fogo em vegetação em Seara e região e fazem o alerta para que a população tenha muito cuidado e evite realizar queimadas. Centenas de casos já foram registrados em todo o Estado. Conforme os bombeiros, deve-se evitar queimar lixo em terrenos baldios e não jogar bitucas de cigarros as margens da rodovia. A vegetação seca pode incendiar com o fogo se alastrando, gerando riscos a quem transita pela rodovia em virtude da fumaça e em casos mais graves o fogo pode atingir residências e construções sair do controle.
Crime
Os bombeiros alertam ainda que as queimadas sem autorização da Fatma ou Ibama é infração punível de multa.