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Doação de filho para pai

Dizem que o maior e mais forte sentimento do mundo é o amor entre pais e filhos.

Este laço afetivo não tem limites, faz superar qualquer dificuldade, transpor as barreiras e até levar a sacrifícios para proteger um ao outro.
De fato, quem verdadeiramente ama os seus está disposto a qualquer coisa para que esta ligação nunca se rompa. Mas hoje em dia, infelizmente, não é incomum ouvir o contrário, por isso este sentimento torna-se ainda mais raro e infinitamente belo. Onde o amor está, por ele e através dele, a humanidade se move, melhora e vive em plenitude. Onde está ausente, a tristeza domina e as barbáries acontecem.
Para estimular a nobreza deste sentimento e aproveitar a oportunidade para homenagear a todos os papais pela passagem de seu dia, neste domingo, o Folhasete traz um exemplo bem próximo de que não há nada mais importante no mundo do que o amor entre pais e filhos. Ao enfrentar um grave problema de saúde, o médico searaense Luiz Carlos Bernardon, 66 anos, teve a prova mais concreta de que os vínculos familiares estão acima de tudo. A doença renal que vinha se complicando ano após ano chegou ao limite que seu corpo aguentaria e somente um transplante reverteria o quadro bastante sério.
A cura viria de um doador compatível. É nesta hora que o verdadeiro amor aparece com mais intensidade. Os filhos prontamente se dispuseram a fazer os testes necessários e a doar o órgão para salvar a vida do pai. Todos foram compatíveis. "Inclusive meu genro, que também estava disposto a me ajudar".
Mas o eleito para realizar o procedimento foi o terceiro da linhagem, Alexandre, 33 anos. "O Xandy foi o escolhido por ser rapaz solteiro e não ter filhos". Emocionado, o médico afirma que não há palavras que traduzam tamanha gratidão. "O gesto dele demonstra muito amor, porque hoje estou vivo por causa dele. Mexe muito com a gente".
Dr. Luiz salienta que família é isso. "A gente cria os filhos com amor e eles devolvem na mesma proporção. Serei eternamente grato a todos os meus cinco filhos". Porém, nem todos têm este privilégio. "Conheci muita gente durante as hemodiálises, inclusive uma paciente minha que tem oito filhos e nenhum quer doar o órgão para a mãe. Isso é muito triste". Para ele, o maior presente foi receber uma segunda chance de viver. "Graças à minha família estou vivo, com saúde, disposição para viver, trabalhar e seguir. Estou muito feliz e com vida nova". Aos pais, deixa uma mensagem. "O maior amor do mundo é do pai e da mãe com os filhos, que é incondicional. É um resgate, um comprometimento espiritual e o que vale realmente nessa vida é isso, a família".
Amor recíproco
Alexandre Bernardon, o filho doador do rim, relatou que "nessa hora nós só pensamos em salvar o pai e todos estivemos sempre dispostos a isso. Quando ele me ligou falando que estava doente, eu disse: vamos lá, força, vamos resolver, e graças a Deus deu tudo certo". Advogado, Alexandre afirma que não existem palavras para representar a importância do pai. "É um batalhador, um herói, um vencedor, exemplo de vida. É difícil expressar o tamanho do meu sentimento e dos meus irmãos por ele. Espero que continue por muitos anos ao nosso lado". E finalizou: "a mensagem pra ele neste Dia dos Pais é que ele pode contar sempre conosco, que estamos imensamente felizes por esta nova fase. Nós é que recebemos o maior presente".

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