logo RCN

Estradas e pontes danificadas

  • - Lediomar Scussel enfrenta período de dificuldade no manejo

Produção de leite também terá queda considerável. O setor mais prejudicado com as chuvas de maio e junho foi a agricultura.

Seja com a perda dos cultivos, baixa produtividade, pastagem ou mesmo com problemas de estradas e em alguns bens, o setor ainda contabiliza os prejuízos e o reflexo de tanta água será sentido por várias semanas.
A Defesa Civil apontou prejuízo de mais de R$ 11,7 milhões em Seara. No levantamento inicial feito pela prefeitura de Seara, as perdas somente no interior superam a casa dos R$ 8 milhões, sendo que parte desta conta vem da produção agropecuária. Pontes também estão comprometidas, como entre Lageado Forte e Nova Teutônia.
O produtor de leite Lediomar Scussel, de linha Vani, declarou que os dias de chuvas intensas e frequentes afetaram a produção. Ele trabalha com bovinocultura há 15 anos com 25 animais. A média mensal de produção é de 12 a 13 mil litros por mês. "Mas agora diminui, porque é muito difícil com o tempo assim. O manejo em si é bastante complicado e foram praticamente quatro semanas direto de chuvas. As pastagens não se desenvolvem e se largar os animais no pasto em dias de chuva, estraga muito".Ele acrescenta que no período chuvoso encontrou na silagem uma alternativa para alimentação dos animais. "Se não fosse a silagem, estava morto", resumiu.
De acordo com Scussel, da pastagem que estava plantada ainda será possível salvar uma parte. "O mais complicado é onde os animais entraram nestes dias molhados. Agora temos que adubar a pastagem para que as plantas voltem a se desenvolver". Destacou que na propriedade toda silagem foi feita antes do período chuvoso.
Lediomar Scussel argumenta que, apesar do volume expressivo de precipitação, os únicos problemas na propriedade foram a baixa da produção leiteira e com a pastagem. Ele trabalha juntamente com o pai Reinaldo, que também atua na produção de suínos.
O secretário municipal da Agricultura, Ernesto Gomes, explicou que o principal problema é que neste período os produtores não conseguiram soltar os animais na pastagem. "E a pastagem que estava em condição de pastejo acabou apodrecendo. Então eles se socorreram com a silagem e utilizaram basicamente esse alimento. Além disso, a umidade pode causar problema de casco e mamite. É uma despesa que o produtor vai ter e que vai aparecer em alguns dias. A estimativa de diminuição no total da coleta de leite é de 12,5 a 17%, porém estamos num período de crescimento de produtividade, que não aconteceu, e essa baixa é em cima do que já estava sendo produzido. Então a perda é maior". A silagem da safrinha foi praticamente perdida e o que pode ser aproveitado resultará num alimento de menor qualidade.

Searaense faz visita à França Anterior

Searaense faz visita à França

Próximo

Impasse na aplicação do TAC

Deixe seu comentário

Geral