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Grandes investimentos no campo

  • - É o robô que alimenta os 1.030 suínos da propriedade de seu Maciel Pitan

Robôs instalados em granjas no interior, como pelo produtor Maciel Pitan, melhoram resultados nas propriedades

Estaríamos nós vivendo a era dos robôs? Independente da resposta, não podemos negar o avanço da tecnologia e seu uso cada vez mais frequente nos meios de produção, na indústria e agora também no campo.

E não é preciso ir muito longe para encontrar, por exemplo, um robô tirando leite ou alimentando aves e suínos. A reportagem do Folhasete visitou nesta semana a propriedade de Maciel Pitan, suinocultor de linha Caçador, interior de Seara. Ele apostou na instalação de um robô que realizada o processo de alimentação dos 1.030 suínos em terminação da propriedade.
O robô já opera há mais de 50 dias, controlando o uso da ração e atendendo as expectativas do suinocultor, que economiza com mão de obra, esforço e melhorando a qualidade de vida. O investimento foi de cerca de R$ 200 mil, sendo R$ 150 mil do robô e o restante com as adaptações nos chiqueiros e instalações.

O robô é todo equipado com sensores e câmeras, sendo uma espécie de trenzinho, com dois compartimentos. No primeiro compartimento há um espaço para até mil quilos de ração e os controles. No segundo, que é acoplado, há um reservatório para 500 litros de água. O equipamento fica logo no início do chiqueiro, no que o produtor chama de “garagem”, onde, de forma automática, o robô se abastece de ração, água e recarrega a bateria, que tem autonomia de um dia.

Quatro vezes por dia, em horários pré-programados, o robô liga, toca uma música e sai da garagem. Ele se guia por um trilho no meio do chiqueiro e pelas laterais despeja a ração e água para os animais que estão nas baias. O produtor explica que assim que recebe os animais para engorda são inseridos os dados da lista na máquina. A partir daí, ela faz todos os cálculos de quanta ração cada animal - ou grupo de animais - deve receber em cada estágio de crescimento. “O resultado é bom, porque não foge da tabela, não há desperdício de ração e nem de água. Se fosse tratar os animais manualmente, o resultado não seria o mesmo”, explica Pitan.

Explica que o investimento também foi realizado buscando diminuir o esforço físico. “Por problemas de saúde não consigo mais erguer peso e vislumbramos neste equipamento uma alternativa para continuar na atividade”. Para o suinocultor, o objetivo é melhorar cada vez mais a qualidade dos suínos entregues à agroindústria, ganhando na conversão alimentar.


Sucessão no campo

Maciel Pitan trabalhou por vários anos em granjas, tem experiência na suinocultura e desde 2014 montou a sua propriedade. Ele ressalta que o uso da tecnologia pode incentivar os jovens a permanecerem no campo. “Agradeço ao apoio de todos e à Secretaria da Agricultura pela ideia”.

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