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Mosquito em vantagem

Responsabilidade é de toda a sociedade

"Se tem larva positiva, tem mosquito adulto". A afirmação é do supervisor do Programa de Combate à Dengue da Gerência de Zoonoses e Entomologia da 6ª Regional de Saúde de Santa Catarina, Felipe Gimenez.

Neste ano são seis focos de larvas de Aedes aegypti registrados desde a primeira quinzena de janeiro até o final desta semana. As três primeiras larvas da espécie foram coletadas em armadilhas do Programa de Controle e Combate à Dengue - duas no bairro Niterói e uma no bairro Industrial. Mas a situação se agravou devido à confirmação de larvas em três residências do Industrial, encontradas em cisterna, caixa de água e uma bromélia.

Atualmente, o programa preventivo em Seara conta com uma coordenadora e dois agentes. Seis Agentes Comunitárias de Saúde (ACSs) cooperam de forma voluntária com as atividades de vistoria das residências. Mas ainda não é o ideal. Conforme o supervisor regional, além do suporte às ações do programa, cabe ao município "a contratação de novos agentes de campo".

Devido ao cenário de proliferação do inseto em Seara, recursos para prevenção são repassados pelo governo federal. É uma contrapartida do Ministério da Saúde para manutenção das atividades que estão em andamento e também para incentivar ações educativas para que a população esteja esclarecida sobre os riscos. Para o biólogo, além do importante papel do poder público, a comunidade precisa colaborar. "Falta engajamento da população. Se cada morador se dedicasse na sua casa a fazer as adequações necessárias, não estaríamos num cenário de município infestado que temos hoje", analisa.

Neste ano nenhum mosquito foi capturado em Seara. Segundo Gimenez, "a captura é muito mais difícil porque o inseto tem hábitos diurnos, em horários específicos, porém ele está presente. Não temos como saber se as larvas que coletamos estão com o vírus ou não. Essa afirmação depende de uma investigação minuciosa da vigilância epidemiológica quando surgem os casos suspeitos. Porém, sabendo-se que o mosquito circula no município, já trabalhamos prevendo um risco imediato de circulação viral". Nesta semana, a vigilância epidemiológica informou que os dois casos suspeitos em pessoas de Seara foram descartados. A investigação agora é pela infecção por hantavírus.

A situação é de alerta devido aos 16 focos de larvas confirmados em 2016, bem como a captura de um inseto da espécie Aedes aegypti no ano passado. Os bairros São João e o Centro são áreas infestadas. Os locais têm em andamento ações de monitoramento, de acordo com as prerrogativas do Ministério da Saúde.

Quanto à situação do Industrial, nesta semana os agentes do programa de endemia vistoriaram todos os locais dentro do raio de 300 metros a partir da localização dos três focos. Novas coletas de larvas foram realizadas.

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