Por enquanto, o sistema de livre demanda para atendimento nos ESFs de Seara, sugerida pelo Ministério Público, não será adotado pela Secretaria Municipal da Saúde.

De acordo com o secretário da pasta, Flávio Zolet, a reunião com os médicos que atuam nos postos na sexta-feira, 21, foi proveitosa.
No entanto, não há definições referentes às providências que serão adotadas. Zolet explica que os profissionais estão comprometidos com a causa e juntos devem chegar a um novo modelo para melhorar o atendimento. Porém, neste momento o único encaminhamento acertado é o envio das respostas aos questionamentos feitos pelo promotor Michel Eduardo Stechinski de como funciona atualmente o sistema.
O secretário detalhou que "estamos estudando o que preconiza o Ministério da Saúde para as unidades básicas de saúde e, a partir disso, vamos criar um novo modelo, pensando junto com os médicos e as equipes de que forma implantar que não seja por limitação de fichas". Ainda não há uma ideia referente ao esquema. "Sentamos para conversar pela primeira vez, mas nos reuniremos novamente nos próximos dias para conversar sobre as possibilidades e buscar uma solução".
A Secretaria da Saúde ainda não tem um norte para elaboração da estratégia a ser adotada. "Agora vamos responder ao MP os questionamentos referentes ao funcionamento atual". Flávio Zolet relatou, porém, que no ESF 01 há uma tentativa piloto de atender por agendamento. "Implantamos o modelo há alguns meses e está em fase experimental. Está dando certo e vamos tentar sanar a questão. Se der certo, poderemos estender às outras unidades". Informou que hoje os médicos atendem entre 12 a 15 fichas por turno diariamente. "Nós precisamos criar um mecanismo para evitar que os pacientes fiquem esperando uma manhã inteira no posto".
Flávio Zolet contatou com municípios vizinhos para saber como funcionam os atendimentos, a exemplo de Chapecó e Concórdia, e confirmou que essas cidades consultam por agendamento.Há uma campanha em andamento pelos médicos do município para orientação aos pacientes, pois entendem que hoje há casos que precisam receber atendimento direto no pronto-socorro do hospital e as pessoas estão procurando os postos e o que seria demanda das unidades muitas vezes é atendida no hospital.
Médicos
Com relação ao ajustamento de conduta dos médicos, o secretário da Saúde, Flávio Zolet, relatou que os profissionais estão cumprindo a carga-horária estabelecida. "Obviamente que há coisas para ajustar, mas eu vejo que com isso foi dado um passou bem importante".