Municípios terão que ampliar ações
Nos primeiros dois meses de 2016, dos 4,1 mil casos de dengue suspeitos no Estado, 26% estão confirmados, totalizando 1.050 registros.
Trinta municípios são considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti. A circulação autóctone de dengue, com transmissão dentro de Santa Catarina, foi confirmada em 17 municípios, conforme o boletim epidemiológico divulgado nesta semana pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive).
Em Seara houve aumento no número de focos do Aedes aegypti. No total, 11 focos foram identificados até agora, divididos entre o centro e bairros das Nações e São João. E na quarta-feira foi localizado o primeiro foco do mosquito em uma armadilha em Arabutã. Xavantina e Itá também possuem focos.
O coordenador do Programa de Controle da Dengue da Dive, João Fuck, conversou com a reportagem do FolhaSete nesta semana. Ele destaca que houve aumento no número de casos de dengue no Estado se comparado ao mesmo período do ano anterior. "O número de casos acabam preocupando, porque estão principalmente localizados em Pinhalzinho, mas já temos outros municípios com epidemia da doença, que são Serra Alta e Descanso". A situação de epidemia se confirma quando há pelo menos 300 casos para cada 100 mil habitantes.
Diante no aumento de incidência de focos e casos confirmados e suspeitos foi solicitado aos municípios o incremento nas ações de combate ao Aedes aegypti. "As ações precisam se intensificar neste momento para conter a transmissão nesses municípios e para que as outras cidades não venham a ter transmissão de dengue". Enfatiza que, além de cobrar plano estratégico das administrações, o governo do Estado enviou
para Pinhalzinho uma equipe técnica para trabalhar juntamente com os bombeiros na verificação de depósitos, caixas d'água e calhas.
João Fuck ressalta que na semana passada foi realizada reunião em Chapecó entre representantes da Dive, prefeitos e secretários municipais para discutir as dificuldades em realizar o trabalho contra o mosquito. "E também para apontar caminhos para realizar as ações. É um momento crucial. Não podemos esperar os casos acontecerem. A ações precisam acontecer para diminuir os riscos de transmissão".
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