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Os novos desafios de um líder cooperativista

  • - Seu Valdemar, com a esposa Inês, agora curte um pouco de sossego na propriedade da família em linha Rui Barbosa

Searaense Valdemar Bordignon deixa Conselho de Administração da Copérdia para cuidar da saúde e da família.

Chegou o tempo de descansar e cuidar de si, da saúde, da família e curtir as merecidas férias prolongadas. Foram 40 longos anos dedicados à Cooperativa de Produção e Consumo Concórdia Ltda (Copérdia).

O searaense Valdemar Bordignon começou essa trajetória como conselheiro-secretário da instituição. Depois foram 12 anos como vice-presidente. E então mais 12 anos como presidente. Por último, mais quatro anos como vice mais uma vez. “Aí achei que era hora de parar e dar espaço a outras lideranças”.

Ponderado, atencioso e disponível como sempre foi em toda jornada profissional, Valdemar Bordignon, hoje com 73 anos, conversou com a reportagem do Folhasete nesta semana. Para ele, a contribuição direta que deu à Cooperativa “durou um tempo longo o bastante. Acredito que contribuí com tudo o que podia. A Copérdia está passando por um período muito bom, de crescimento constante”.

O enfrentamento maior na caminhada de seu Valdemar tem sido a luta contra um distúrbio do sistema nervoso central que afeta os movimentos provocado pelo Mal de Parkinson, que começou há cerca de dez anos. “Tem dias que a gente tem dificuldades e em outros a gente quase nem percebe o problema”. Ele relata que a parada profissional se faz necessária, apesar de a vontade e o coração pedirem continuidade. “Os sintomas se acentuam quando a gente se preocupa e se agita. O trabalho sempre tem esses momentos mais complicados, por isso a gente resolveu dar uma trégua, embora a vontade de muitos colegas e cooperados era de que continuássemos a fazer parte do grupo”.

O tratamento desde a descoberta do diagnóstico é contínuo e assistido de perto por especialistas. “A informação que recebemos é que temos que conviver com a doença”. Há cerca de 15 dias, voltou com a família ao seu refúgio especial: a propriedade em linha Rui Barbosa. “É o nosso lugar, tranquilo, próximo da cidade, onde a gente gosta de morar”.

Nestas quatro décadas de trajetória na Copérdia, afirma que foi um tempo de muito trabalho, aprendizado e, principalmente, de fazer amizades. “Atuamos em quase 100 municípios. A gente cria vínculos com as lideranças, porque a Cooperativa sempre procurou durante a nossa gestão e as gestões que a gente participou, quando o Neivor (Canton) era presidente e depois o (Vanduir) Martini, se aproximar, estar presente e compartilhar todos os momentos”. A partir de agora, esse vínculo será somente como um associado. No entanto, ainda contribui com opiniões quando solicitado pelo atual Conselho. “Mais na forma de amizade e compartilhamento do que propriamente a trabalho”.

Casado com dona Inês e pai de Patrícia e Jonas Bordignon, Valdemar Bordignon tem como projeto de vida ficar na propriedade. “A gente se ocupa com alguma coisa, mas quero também viver um pouco da vida, porque ela passa muito rápido e já estamos com uma idade que é preciso começar a pensar em se dedicar à gente mesmo, buscar uma proximidade maior com amigos que durante muitos anos não tivemos a oportunidade, ficar mais com a família, participar da comunidade e estar, sempre que possível, à disposição, porque foi isso que fizemos durante a vida toda”.

Outra provação foi o grave acidente de moto do filho Jonas. “Ele está passando por um momento difícil, mas logo estará bem. Aos poucos está recuperando os movimentos normais. Já está de volta ao trabalho, então acreditamos que em breve estará totalmente recuperado”.


Gratidão

Na bagagem que carrega com orgulho, Valdemar Bordignon leva aprendizado e gratidão. Ainda jovem foi presidente de sindicato, foi eleito vereador, recebeu título de Cidadão Emérito em 2002 e é um dos sócios-fundadores da Rádio Belos Montes. Seu Valdemar não se arrepende das escolhas que fez e se orgulha do grande legado deixado ao cooperativismo e à comunidade como um todo. Para um dos maiores líderes cooperativistas do Oeste catarinense, nesta vida “o que fica são as ações que fazemos”.

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