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Pais voltam a cobrar investigação

  • - Corpo de Marcelinho foi encontrado no lago da usina de Itá

Jovem foi encontrado morto no rio Uruguai há 30 meses.

A dor dos pais que veem seu filho sair de casa para passar um fim de semana com amigos e recebe a informação de que ele está morto, não tem fim. A angústia da família que clama por justiça e aguarda por uma resposta há muito tempo é imensa.

Alcebiades Rodrigues é pai do searaense Marcelo Rodrigues, o Marcelinho, jovem que foi encontrado morto boiando em um remanso das águas do rio Uruguai, no lago da Usina de Itá, no dia 15 de fevereiro de 2021. Até hoje a morte do jovem, que na época tinha 26 anos e foi jogador do Futsal Seara, não foi esclarecida, segundo seu Alcebiades. Para a família, quase dois anos e meio após a localização do corpo ainda restam muitas dúvidas e incertezas.

O pai disse ao Folhasete que “a família segue aguardando uma resposta. Que seja feita alguma coisa pois, foi uma vida perdida. Já são quase dois anos e meio e até agora nenhuma solução para o caso foi dada. Como pai, é muito triste saber que o nosso filho saiu para uma festa em Itá e voltou morto. Queremos uma resposta”.

Alcebiades afirma que a família não acredita na primeira linha de investigação, que apontou como causa da morte afogamento de forma acidental. “Não cabe para mim que o Marcelinho tenha saído da festa e ido sozinho até o rio tomar um banho”. A vítima teria participado de uma festa na noite do sábado anterior à data em que o corpo foi encontrado em um sítio próximo ao lago. Em determinado momento ele não foi mais visto e só foi localizado na segunda-feira boiando na água.

O pai de Marcelinho lembra que o filho nunca teve desavenças. “O caso até agora não saiu do papel. Temos advogado, mas o episódio segue amarrado na polícia, que não conclui as investigações”.

O Folhasete buscou mais informações com a Polícia Civil de Itá, onde o Inquérito Policial tramita. De acordo com o delegado Marcos Giovani Silva, “há algum tempo o inquérito foi remetido ao Judiciário, mas voltou para a Polícia Civil para que fossem realizadas novas diligências, que estão sendo feitas conforme o Ministério Público pediu, só que são diligências de grande complexidade”. Segundo o delegado, “não tem muito material, mas as diligências estão sendo procedidas e assim que finalizarmos vamos encaminhar ao Poder Judiciário”.
O delegado também falou das dificuldades que cercam, o caso. “A situação não é tão simples. Estamos fazendo tudo dentro do possível, mas está difícil conseguir provas, ainda mais passado um certo tempo. O caso é bastante complexo e exigiu investigação, mas provas cabais do crime a gente não tem. Seguimos com as diligências. Sabemos que a família gostaria de uma pronta resposta que indicasse a autoria, mas infelizmente não é dessa forma que funciona. Estamos fazendo o máximo”.
A Polícia Civil informou que tem ainda entre 20 e 30 dias para a concluir as investigações. “Mas temos algumas diligências que independem de prazos, pois dependemos de acesso a certas coisas para concluí-las”, ressaltou o delegado.


Falta de policiais

O delegado de Itá, Marcos Giovani Silva, atribuiu a demora na solução do caso também ao baixo efetivo policial. “Quero ressaltar que acabamos de perder nos últimos dias mais um policial que fazia a investigação. Lembro ainda que nos últimos oito meses perdemos quatro policiais, sendo três investigadores e uma escrivã que se aposentou. Estamos apenas com duas agentes para toda a parte burocrática, administrativa e de investigação e não temos previsão para a vinda de novos policiais”.

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