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A busca por um futuro melhor

  • - Jixai comemora a tranquilidade da família

Às vésperas do Dia do Trabalho, Folhasete entrevista a venezuelana Jixai Fernandez Infante.

Trabalhar é um dos principais compromissos da vida de todo cidadão. O trabalho é o instrumento para realizarmos nossas conquistas materiais e, principalmente, o caminho para a realização pessoal.

Trabalhar desenvolve a capacidade de pensar, de tomar decisões, de encontrar soluções, construir projetos, realizar sonhos e viver em sociedade. Feliz daquele que tem um trabalho e é reconhecido de forma justa por ele.

Deste pensamento e sentimento compartilha a venezuelana Jixai Fernandez Infante, a mãe de Miguel, cinco aninhos. Eles estão no Brasil desde junho de 2021. O primeiro destino foi São Paulo, porém lá a falta de experiência comprovada na Carteira de Trabalho e o idioma foram obstáculos para conseguir um emprego. Jixai era microempresária em Bolívar. Tinha uma pequena loja de óleos para carros e mercearia.

Mas a economia do país tornou insustentável a situação de parte da população. O que mais pesou na decisão de deixar tudo para trás, no entanto, foi a insegurança.
Uma amiga conterrânea a trouxe para Seara com a certeza de uma colocação do mercado de trabalho. Trabalhou como operária por um tempo e há cerca de três meses está atuando como atendente de uma panificadora. Otimista e determinada, Jixai conta que está mais tranquila. Hoje ela tem certeza de um futuro para o filho. “Vim por segurança, principalmente para meu filho”. Tudo ficou para trás, inclusive o curso de enfermagem que estava fazendo. “A situação piorou muito com a pandemia. Falimos. Vim para cá tentar a sorte”.
Hoje, Miguel está na escola e a família está em paz. “Ele fala espanhol e português. Está aprendendo muita coisa. Eu estou trabalhando, tenho um novo companheiro e vivemos bem. Não temos luxo, mas estamos tranquilos”.

A maior dificuldade é o preço dos aluguéis, segundo ela. “Aluguel aqui é muito caro comparado ao salário, mas juntando o que eu e meu marido recebemos a gente consegue ficar bem. Estamos melhor do que lá. Meu filho está adaptado e feliz”.

A venezuelana afirma que um dia gostaria de voltar para Venezuela. “Somente se trocar o governo e o país voltar a se reestruturar. Antes disso, não”. O sonho de concluir o curso de enfermagem também está nos planos. “Mas é preciso dar um passo de cada vez”. Justifica que “a prioridade é estabilidade e segurança”. Salienta que agora não precisa se preocupar ao sair de casa que a residência será invadida ou se o filho será morto pelas ruas.


Perseverança

Sobre a comemoração do Dia do Trabalhador, Jixai Fernandez Infante observa que “é importante, sim, comemorar o trabalho, mas eu prefiro comemorar as vitórias de todos os dias, por estar bem, com saúde, ter um trabalho, pela segurança e o futuro do meu filho. Por estarmos vivos”. E mesmo longe da terra natal, ela mantém os sonhos ativos. “Quem não sonha, não vive”, finaliza.

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