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Alerta geral no campo!

  • - Mobilização é total para evitar a entrada da gripe aviária no Brasil. Avicultor Neuri Lorenzetti adotou todas as precauções necessárias.

Mobilização é total para evitar a entrada da gripe aviária no Brasil. Avicultor Neuri Lorenzetti adotou todas as precauções necessárias.

A situação é delicada e demanda máxima atenção. Conforme informações da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), no continente americano apenas Brasil e Paraguai ainda não têm registros da Influenza Aviária.

Os outros países estão infectados e a porta de entrada mais provável é pelas aves migratórias. Devido à proximidade do Inverno, os animais estão migrando de volta da América do Sul para América do Norte e suas rotas passam pelo Litoral, Extremo-Oeste e Planalto Norte catarinense.

A gestora do Departamento Regional da Cidasc de Concórdia e coordenadora regional de Defesa Sanitária Animal, Franciele Gado, explica que a gripe aviária é uma doença viral contagiosa. “Afeta várias espécies de aves silvestres e domésticas e pode ser transmitida pelo ar, água, alimentos, matérias e pessoas contaminadas, além do contato com aves doentes. Pode afetar humanos, mas não há relação com consumo de carne de aves”.

A principal preocupação da Cidasc neste momento é com o status sanitário do Estado. “Santa Catarina é hoje o segundo maior produtor e exportador de aves do Brasil. Em 2022 foram mais de 835 milhões de frangos abatidos. Ao redor da cadeia de frango giram economias diversas, que podem ser afetadas, caso o status sanitário das aves seja ameaçado”. Franciele acrescenta que “a sanidade dos nossos rebanhos são com certeza o maior bem de toda a cadeia produtiva, pois é este status diferenciado que abre tantas portas para a exportação de nossa produção”.

Visando proteger a sanidade do Estado, a Cidasc vem redobrando as ações de vigilância, fiscalização e educação sanitária para levar informação à população e orientações sobre como prevenir e como agir em caso suspeito da doença. “O Governo do Estado emitiu uma portaria recomendando que todas as galinhas caipiras sejam mantidas fechadas neste período e que os alimentos e água oferecidas às mesmas estejam em local protegido para não atrair as aves silvestres”, destaca a gestora. Nas propriedades integradas às agroindústrias, o trabalho também foi reforçado no sentido de garantir a biosseguridade já existente. “Deve-se evitar o ingresso de pessoas alheias à produção nos aviários e a entrada de pássaros nos galpões através de telas, além de fazer a correta cloração da água e o controle de roedores”. Outra medida adotada foi a proibição da participação de aves em todo e qualquer evento pelo prazo de 90 dias.

Franciele Gado alerta que não só os frangos de produção podem apresentar a doença, mas também as aves silvestres. “Pedimos que qualquer pessoa que encontre uma ave com sintomas respiratórios (falta de ar, tosse, espirros, corrimento de nariz e olhos) nervosos (torcicolo, dificuldade de locomoção) ou digestivos (diarreia) e ainda alta mortalidade, queda na produção de ovos, crista e barbela roxas, entre em contato com a Cidasc através do 0800 643 9300 ou na unidade local mais próxima”. Ela reforça que a notificação é de suma importância. “Caso a população encontre uma ave com os sintomas, deve notificar o caso o mais rápido possível, pois quanto antes agirmos menores serão os danos sanitários e econômicos para todo os envolvidos na cadeia de produção”.


Preocupação

O avicultor e presidente da Comissão para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadec) da JBS, Neuri Lorenzetti, o Niki, comenta que a população ainda não tem a dimensão do que a gripe aviária pode provocar para a região, Estado e país. “Ela é muito perigosa, mas os produtores têm que fazer a sua parte. Se acontecer a contaminação, nós vamos ter um desastre, e não só na parte avícola, pois atinge todo o setor.” Ele acrescenta que o cuidado com a sanidade sempre esteve presente, mas agora os produtores estão muito mais atentos. “Se acontecer uma coisa dessas, vai ser necessário uma operação de guerra, então nós temos que proteger e não pensar em hipótese nenhuma ter esse problema, para continuar exportando, cuidando do meio ambiente e da sanidade e oferecendo o nosso produto com muita qualidade”.

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