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Atendimento reduzido gera reclamações

A partir de reclamações de lideranças e produtores do município, o Folhasete buscou detalhar a situação da Cidasc em Seara. Atualmente o escritório tem atendimento três vezes por semana, à tarde, por uma médica-veterinária de Arabutã.

Conforme o presidente da Companhia, Enori Barbieri, o momento é de ajustes e contenção de despesas. A adequação envolve uma sentença judicial que foi julgada em primeiro grau e determinou a imediata separação da Cidasc do Instituto Catarinense de Sanidade Animal (Icasa). Mesmo sendo órgãos distintos, atuavam em conjunto nas cidades, ocupando o mesmo espaço físico e com a finalidade de atender demandas relacionadas à sanidade animal. Porém, a Justiça entendeu que funcionários do Instituto, que é uma Oscip bancada pelo setor agroindustrial catarinense, realizavam atividades cabíveis a servidores públicos estaduais.
Barbieri explicou ainda que o quadro funcional do Icasa é de 410 pessoas. Somados aos servidores estaduais da área, totalizam 1,8 mil colaboradores nos 300 escritórios da Cidasc em todo o Estado. "Pelo programa demissão incentivada sofremos uma perda de 600 trabalhadores do quadro funcional nos últimos anos e o reingresso não chega a 200 servidores. Com essa decisão judicial, estamos aguardando o desfecho do julgamento em Brasília para iniciarmos um processo de verificação da atuação da Cidasc", detalhou.
Acrescentou que em Seara há necessidade de um médico-veterinário oficial da Companhia, pois existem diversas granjas reprodutoras no interior do município que precisam do serviço especializado. Reconhece a precariedade, porém assume que o Estado não deverá fazer novas contratações através de concurso público este ano. "Medidas paliativas para sanar a demanda serão estudadas e aplicadas nas cidades".
Sobre a função e responsabilidade da Cidasc, o presidente entende que "o que acontece é que menos pessoas vão fazer mais serviços. O papel da companhia de vigilância, de atenção e de cumprir com a missão de fazer defesa sanitária está comprometido no volume de trabalho, mas há a responsabilidade de manter o status sanitário e até avançar".
Enori Barbieri lembrou que nesta semana uma reunião entre Secretaria de Estado da Agricultura, Icasa e Cidasc teve o objetivo de não prejudicar os atendimentos. "Peço desculpas e a colaboração de todos os produtores de Seara, pois atuávamos em conjunto com o Icasa. Agora, a médica-veterinária da Regional de Concórdia atuará na ADR e o Icasa junto ao Sindicato Rural.
Para os básicos temos ferramentas digitais, como o GTA online, onde o serviço está disponível desde que haja acesso à internet. Serviços como brincagem também cabem ao Instituto", disse.
Oscip patrocinada
Conforme Enori Barbieri, o Icasa é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) e é patrocinada pelas agroindústrias. Não recebe recursos do governo do Estado, mas por atuar na defesa sanitária, colabora com a Cidasc através de convênio firmado com a Secretaria de Estado da Agricultura e Pesca.

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