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Audiência teve poucas novidades

  • - Dossiê revela a precariedade da rodovia e a importância do Oeste para o Estado

RODOVIAS Prefeito de Seara entregou dossiê mostrando as condições da 283 e o volume de acidentes ocorridos

Poderia ser uma matéria que o leitor já leu em outras oportunidades. O debate sobre as rodovias do Oeste foi realizado pela Assembleia Legislativa em Santa Catarina na manhã de ontem no auditório do Hotel Alvorada, em Concórdia.

Os personagens foram os mesmos: deputados estaduais, secretário de Infraestrutura do Estado, prefeitos, vices, vereadores, entidades e alguns convidados. O discurso, assim como de outros anos, se repetiu: “o Oeste é celeiro de Santa Catarina”; “a SC-283 principal rodovia é a fonte de escoamento de toda a proteína animal”; todos os governadores buscaram fazer o melhor, mas nem sempre foi possível”. Ao fim do encontro que durou quase três horas, com manifestações duras de prefeitos e representantes de entidades, o compromisso também se repetiu. A resposta é que o Governo do Estado vai fazer tudo o que for possível, mas com os pés no chão, sem promessas que não possam ser cumpridas. Prazos, recursos e encaminhamentos concretos não foram apresentados.

O prefeito de Seara, Kiko Canale, fez apontamentos diferentes, indo além da situação das rodovias e das promessas políticas. Ele lembrou que ainda enquanto secretário regional foi entregue um projeto de revitalização da SC-283, que pouco andou. Ele destacou que Concórdia, Seara e Chapecó, por exemplo, são responsáveis por uma receita considerável para o Estado por meio do agronegócio e que esta rodovia é o caminho de escoamento da proteína animal produzida na região. Kiko ainda entregou um dossiê com dados relevantes sobre a rodovia, citando inclusive os cinco mil acidentes registrados de 2019 para cá. O documento traz relatos, fotos e reportagens sobre o histórico de problemas no trajeto, além de informações de órgãos oficiais, como a Polícia Militar Rodoviária Estadual. O documento foi entregue para o presidente da Comissão da Alesc que organiza as audiências, o deputado estadual Marcos Vieira, e compartilhado com toda a Bancada do Oeste.

O prefeito de Concórdia, Rogério Luciano Pacheco, também demonstrou preocupação com a situação. Para ele, parece inacreditável voltar a discutir o assunto mais uma vez. Pacheco foi vereador por quatro mandatos e está no segundo mandato como prefeito. Ele destacou a preocupação com a continuidade das obras e pediu que o governador Jorginho Mello seja sensível à preocupação dos municípios, que agora também estão sem receber os recursos do Plano 1000, programa da gestão anterior.

A informação do Estado é que dois trechos da SC-283 na região estão em obras – Chapecó a Arvoredo e Concórdia a Arabutã. O trajeto entre Seara e Arvoredo já teria empresa definida, faltando a assinatura da ordem de serviço. Ainda não foi licitado o trecho entre Seara e Arabutã.


Posição

O líder do governo na Alesc e ex-vice prefeito de Concórdia, deputado estadual Edilson Massocco, afirmou que “dinheiro não nasce em pé de funcho”, mas que o governo está trabalhando para “organizar a casa, revisar obras e contratos para garantir que os trabalhos iniciados e tão importantes à região Oeste sejam executados”. O Secretário de Infraestrutura, deputado estadual licenciado Jerry Comper, destacou que as audiências públicas são uma união de forças para buscar o melhor para a cidade catarinense. Falou sobre a obra da 283, que está separada em quatro etapas, sobre o trecho entre Capinzal e Piratuba; Ipumirim a Vargeão; e Jaborá a Catanduvas. Ele praticamente descartou pedagiar rodovias, solução apontada por algumas lideranças. O vice-presidente da Coopercarga, Paulo Simioni, disse que o Oeste sofre o risco de ter um apagão logístico em função da precária condição das rodovias. A Audiência Pública teve na sua reta final um desentendimento entre o presidente da Comissão da Alesc, deputado Marcos Vieira, e o secretário Jerry Comper.

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