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Desafio está no investimento

O saneamento básico nas cidades brasileiras têm sido amplamente discutido e debatido nos últimos anos com mais intensidade. A solução para a questão é uma exigência legal, e não tem como fugir.

No entanto, as ações nesse sentido ainda são extremamente pequenas em relação aos prejuízos provocados com a falta de tratamento e descarte adequados dos resíduos sólidos. Diariamente 150 mil toneladas destes rejeitos são produzidos no Brasil, porém somente uma ínfima parcela deste montante tem destino apropriado. Em Santa Catarina, por exemplo, somente 35% dos municípios têm rede coletora de esgoto instalada, segundo levantamento do IBGE. 

Ciente da problemática que tal cenário representa, a Igreja Católica elegeu neste ano o saneamento básico como tema da Campanha da Fraternidade. Em relação aos impactos, segundo especialistas que realizam estudos sobre a questão, tal realidade não afeta apenas a conservação dos recursos hídricos e ambientais, mas também traz grandes prejuízos a setores como economia e educação, pois quanto menores os índices de saneamento, mais baixas as perspectivas em evolução nestas áreas. Uma das justificativas exemplificadas é que nas regiões costeiras, por exemplo, a balneabilidade, o turismo e a pesca são atividades que sentem impacto direto da poluição.
Conforme informações do secretário Executivo da Amauc e gerente do Consórcio Lambari, Roberto Kurtz Pereira, Santa Catarina, embora se fale que tem o menor índice de saneamento básico, justifica que a forma como são apurados os dados não leva em conta, por exemplo, que na maioria das residências têm sistemas de tratamento. "Mesmo assim, o correto é as cidades disporem do saneamento básico como um todo". Explica que "na nossa região todos municípios têm Plano de Saneamento Básico e algumas ações estão sendo feitas. Tem também o Plano de Resíduos Sólidos que afeta diretamente o saneamento". Acrescenta ainda que "alguns locais que não são atendidos por companhias como a Casan, já tem estação de tratamento, então, eu diria que nossa região, aos poucos está caminhando para resolver a questão de saneamento básico. O problema são os investimentos que são muito altos e não há financiamento adequado para isso". Avalia que "se levar em consideração também os locais que são atendidos pela Casan com contratos de prestação de serviço de água e esgoto, a responsabilidade é da empresa. Lógico que a responsabilidade legal é do município, mas se foi delegado a outra entidade ela deve dar conta disso". No geral, Roberto Kurtz Pereira destaca que "a solução está sendo mais lenta que deveria, mas dentro da realidade dos municípios e dos recursos disponíveis, nossa região está um pouco à frente". Informou que em torno de 60 dias, deverá se disponibilizado um levantamento de quais as metas dos planos de saneamento e resíduos foram cumpridas para ver o que avançou na prática.

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