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Discussão na Câmara

Dois médicos veterinários que atuam na Cidasc/Icasa em Seara participaram na segunda-feira, 16, de sessão extrodinária na Câmara de Vereadores para falar sobre os casos de brucelose no rebanho bovino envolvendo 45 animais em seis propriedades, que seguem isoladas para evitar riscos com novas movimentações.

A médica veterinária Fernanda Fontana esclareceu que a brucelose é causada por uma bactéria que pode ser transmitida do animal para o ser humano, ou seja, é uma zoonose. "Mas de imediato tranquilizamos a população, porque tanto a Secretaria de Saúde, quanto a de Agricultura do município estão com medidas estratégicas de enfrentamento a essa situação", explicou. Detalhou que a transmissão entre animais ocorre através da monta ou pelo contato com secreções e sangue de animal infectado. No rebanho a doença é identifica pelo aborto em vacas no último trimestre de gestação. "No momento em que há o aborto, pode ocorrer a infecção se outra vaca lamber o feto, ou se o produtor mexer no material sem proteção", completou. 

Outra forma de infecção pelo ser humano é o consumo de leite contaminado mal fervido, ou queijo e nata que não tem como ferver adequadamente. "Ressaltamos como prevenção, que o consumidor compre leite com procedência, com serviço de inspeção. Ou o produtor que tem o leite na propriedade, nós recomendamos testar os animais pelo menos uma vez por ano. Que é a forma efetiva de identificar a doença no rebanho". Nos casos de Seara, trabalhadores e familiares que estiveram expostos aos animais infectados, realizaram exames solicitados pela Secretaria de Saúde, e felizmente nenhuma pessoa está doente. 
Dos 45 animais infectados localizados no rebanho em três propriedades em Seara, os levantamentos apontam que esses bovinos já vieram infectados e são procedentes da cidade de Agronômica, através de rastreamento. Nas outras três, os bovinos teriam desenvolvido a bactéria há algum tempo, o produtor identificou pelos casos de aborto, e confirmado com levantamentos da secretaria da agricultura.  
Conforme a profissional da Cidasc existe uma norma, e sempre que um foco é localizado, todos os animais da propriedade são testados. Os positivos são encaminhados para o abate sanitário. "É o sacrifício desses animais em ambiente com inspeção num frigorífico com todos os cuidados necessários. Santa Catarina é o único Estado, em que o produtor recebe indenização dos animais que foram abatidos por estarem doentes", detalhou. 
Em Seara das seis propriedades, todas já tiveram o processo de estudo de caso individual, avaliação dos animais e liberação para o abate. Todas já tiveram o processo liberado e na quarta-feira, 18, foram concluídas as atividades, que totalizaram o sacrifício de 45 animais. "As propriedades permanecem interditadas, por medida de segurança. Todas testarão novamente os animais por duas vezes. Todos estando bem, a propriedade é liberada e as atividades são retomadas", disse.

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