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Exemplo de convivência

Amanhã é comemorada uma das datas mais importantes do calendário brasileiro, o Dia das Mães.

Todos os anos o FolhaSete busca exemplos diferentes de mulheres que se dedicam à maternidade de formas distintas, mas com intensidade. Neste ano vamos contar a história da paialense FabielaAndrighi, que não tem filhos biológicos, mas sua experiência retrata bem as famílias atuais. 

Fabiela, que vive em Florianópolis, é casada com Régis, que tem um filho de seis anos do primeiro casamento, o Lucas. A convivência iniciou há quatro anos. "Quando conheci o Régis, e um tempo depois comecei a conviver com o Lucas, ele já vivia a rotina da guarda compartilhada. Com o passar do tempo, fui participando e me envolvendo cada vez mais com o garoto". 
Fabiela acrescenta que todo processo de aprendizado é complexo. "Nos tira da zona de conforto, nos faz repensar muitos comportamentos e certezas. É envolvente, cheio de novas descobertas, conhecimentos, sentimentos, experiências, alegrias e emoções".
Contou que mesmo que o menino não tenha nascido do seu ventre, já realizou o sonho de ser mãe. "Eu sou mãe. Sou mãe do Lucas. É uma experiência maravilhosa. Cada dia são pequenos aprendizados. É um processo de evolução e de entrega. No meu caso um processo de conquista. Lucas conquistou os meus sentimentos e eu conquistei os seus e sua confiança".
Explica que a guarda compartilhada não tem segredos. Como já se discute na área do direito e da psicologia, é a melhor forma para uma criança com pais separados. "É a oportunidade de o menor conviver com ambas as partes. Mas operacionalizar a guarda compartilhada no dia a dia significa colocar a criança como foco, entender que os interesses e sentimentos a serem priorizados são os dela. Isso demanda maturidade dos adultos, de saber gerir as diferenças e divergências para que a criança se sinta amada, protegida e envolvida". 
Fabiela tem uma boa convivência com a mãe de sangue de Lucas e juntas dividem tarefas do dia a dia do menino, como leva-lo à escola. "Quando minha participação na rotina e vida do Lucas aumentou, o envolvimento de laços e sentimentos aumentava. Busquei conhecer e entender como funcionava a guarda compartilhada, e ao mesmo tempo me descobria como mãe. Encontrei muito material acadêmico, mas poucos relatos. Sentia e sinto falta de saber como agir em certas situações, de saber se outras pessoas vivem situação similar, de saber se o caminho estava certo", descreve.
A experiência positiva chegou á mídia nacional através do programa Encontro com Fátima Bernardes, na Rede Globo, que foi ao ar no dia 18 de abril. "Assistindo o programa da Fátima, percebi que abordavam sobre os novos formatos das família contemporâneas. Então escrevi sugerindo o tema "Guarda Compartilhada dá certo". Daí surgiu o convite para participarmos do programa contando um pouco da nossa experiência". 

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