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Produção atrasa, mas qualidade é boa

  • - Safras de melancia e uva, como na propriedade de Aneri Bordignon, estão em início de colheita na região de Seara

Safras de melancia e uva, como na propriedade de Aneri Bordignon, estão em início de colheita na região de Seara

O ano de 2022 foi atípico para o cultivo de melancia na região. O clima adverso, com chuva volumosa de setembro a outubro, noites frias e falta de luz solar, provocou atraso no amadurecimento das frutas.

Segundo o produtor Alcione Luís Burato, de linha Caçador-Seara, o atraso na colheita foi de aproximadamente 20 dias em relação a 2021. “Eu comecei a preparar a safra neste ano no início de setembro e a colheita só iniciou em 20 de dezembro. Em 2021 a colheita iniciou no final de novembro”.
Por outro lado, o tempo influenciou positivamente na questão de pragas que podem causar virose à melancia, que não se proliferaram justamente pela adversidade climática. Burato também destaca que até meados de fevereiro ainda deverá ter bastante melancia na região. “A colheita será estendida. Em 2021 eu finalizei a colheita em 15 de janeiro e este ano devo ter melancia até 20 de fevereiro. A qualidade da fruta está como poucos anos se viu. Novembro e dezembro foram meses de muito sol e acumulou muito açúcar, o que deixa a melancia muito saborosa. Não há fruta estragada”.

Burato deverá colher entre 90 e 110 toneladas de melancia. O produtor vende as frutas às margens da SC-155, entre Seara e Itá, próximo à entrada para linha Caçador. Além de melancia, Alcione cultiva melão colonial e tomate.

Estimativa

Conforme o secretário de Agricultura de Seara, Renato Tumelero, há em torno de 12 hectares de área de plantio e 360 toneladas de produção de melancia ao ano em todo o município. Além disso, há cerca de quatro hectares de melão, com aproximadamente 40 toneladas produzidas anualmente.


Produtor diz que safra será recorde

A safra atual é uma das melhores para a colheita de uvas, com produtividade recorde. A informação é do produtor Aneri Bordignon, de linha Bonita-Seara, que tem parreiral para consumo próprio.

Mas, diante da safra farta, irá comercializar a fruta produzida em sua propriedade. “Houve uma supersafra em comparação a outros anos. Foi um recorde, entre 1.500 e dois mil quilos. No ano passado foram colhidos aproximadamente mil quilos. A uva está muito bonita este ano. Eu cultivo a Bordô e Francesa, dois tipos rústicos, que produzem muito bem, sem precisar de muito tratamento”.

Entre os fatores que influenciaram a boa safra estão, segundo o produtor, “a adubação com produtos orgânicos e a cobertura do solo no Inverno, feita com azevém. Mas principalmente o frio, que veio mais tarde e influenciou na produção. No geral, o ano favoreceu a uva. É claro que houve atraso por conta do frio. Atrasou a poda. Na safra anterior eu colhia entre o Natal e fim de ano e desta vez vou começar a colher lá pelo dia 18 ou 20 deste mês”.
Quanto à qualidade da fruta, “está muito boa”, de acordo com Aneri. “Não teve ataque de insetos, pássaros ou pragas. Esse ano vou comercializar para vinho, pois a uva que produzo não é muito boa para venda de consumo in natura. Em outros anos eu não fazia para venda. Tenho parreiral pequeno, apenas para consumo próprio”.

Números

Conforme o secretário de Agricultura de Seara, Renato Tumelero, “a produção, na média geral em todos os anos, em 30 hectares de uva é de 400 toneladas em todo o município. Em 2022, no geral, em virtude das condições climáticas, houve redução considerável. Tivemos relatos de perdas de até 50%”.




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