logo RCN

Quatro países e mais de 14 mil quilômetros

  • - Darlan esteve na cidade conhecida como “fim do mundo”

Searaense Darlan Prestes faz aventura de carro percorrendo a América do Sul. Ele conheceu 33 cidades de diferentes países durante 38 dias de viagem

Inspirado na história e nos vídeos de Jesse e Shurastey (o catarinense que viajou o mundo, ao lado do seu cão, em um Fusca), o searaense Darlan Prestes se aventurou sozinho por quatro países da América do Sul dirigindo o próprio carro. Foi um roteiro de 14.566 quilômetros, conhecendo 33 cidades do Uruguai, Argentina, Chile e Paraguai, durante 38 dias.

A excursão iniciou antes do Natal e foi finalizada no dia 29 de janeiro. De volta a Seara, o profissional de Educação Física e treinador de voleibol contou ao Folhasete detalhes da jornada. “Eu já tinha feito uma viagem semelhante quando estava em um intercâmbio na Espanha. Viajei 33 dias, mas com outros transportes, com aplicativo de carona, ônibus e trem, por cidades da Espanha, Andorra e França”. Darlan comenta que na metade do ano passado decidiu que iria conhecer os países sul-americanos. “Minha ideia era conhecer a cidade mais austral (mais ao sul) do mundo, que é Ushuaia, na Argentina. Como eu já tinha feito uma viajem praticamente sozinho, decidi que iria com meu próprio carro dessa vez. Sobre o roteiro, tracei no Google Maps e decidi começar pelo Uruguai. A intenção era conhecer as quatro capitais - Montevidéu, Buenos Aires, Santiago e Assunção”.

Na bagagem, um mini fogareiro a gás, uma caixa térmica com pão, presunto, queijo e frutas, a inseparável bicicleta para passear e percorrer trilhas, um colchão para dormir e uma barraca. “Sempre fazia meu café da manhã e comia algum lanche durante o dia. Existe uma rede de postos de combustível que é a YPF na Argentina, que tem serviço completo, então eu abastecia e também aproveitava o restaurante, além de tomar banho ali ou nos campings que fiquei. Para dormir, eu tirei o banco do carona. Então às vezes eu ficava dentro no carro ou na barraca do lado de fora. Em algumas cidades fiquei em hostels (albergues)”.

A principal dificuldade, segundo Darlan, foi a questão da moeda. “Os quatro países têm sua moeda própria, diferentemente da Europa, que você consegue pagar praticamente tudo com euro. Tem o peso uruguaio, o argentino, o chileno e o guarani no Paraguai. Eu levei pouco dinheiro junto e usei o aplicativo da Western Union, onde você consegue fazer a transferência bancária ou pix, e também sacar o dinheiro nas lojas do aplicativo. No Uruguai, como fui na véspera do Natal, estava tudo fechado, então foi um aperto muito grande. No Chile também tive dificuldade, porque não eram as mesmas lojas para trocar o dinheiro. Outra dificuldade foi a internet para encontrar lugares e usar o wifi”.

Nas redes sociais, o professor contava diariamente sobre as cidades percorridas. Pelo Instagram, os amigos e familiares tinham notícias da viagem, conseguiam acompanhar suas aventuras e perrengues, além de ver as lindas paisagens que Darlan registrava e compartilhava com seus seguidores. Alguns locais ficarão para sempre na memória. “Buenos Aires é uma capital muito bonita e segura para circular, com várias atrações e coisas legais para se fazer. O Ushuaia para mim foi um marco, o que eu mais gostei, porque foi pensando nesse local que tive a ideia de viajar. Ali eu fiquei de cinco a seis dias. A geleira Perito Moreno, na cidade de El Calafate, na Argentina, lugar excepcional e muito bonito, vale cada centavo. O El Chaltén, conhecido como paraíso do trekking, na Patagônia Argentina, onde muitos turistas lotam a pequena cidade com mochilas e barracas para fazer trilhas e caminhadas. Além de Santiago, a capital chilena, que também é bonita. Pude conhecer várias histórias da cidade”.


Conselho

Darlan Prestes avalia o passeio de forma positiva e afirma que pretende ir além. “Foi uma viagem excecional, mas muito cansativa. Apesar disso, faria tudo novamente, pois é um sacrifício que vale a pena. Você conhece pessoas e lugares impressionantes. Pretendo continuar a viagem. Faltou o Norte da Argentina, o Sul e o Norte do Chile e quero me planejar para subir até a Bolívia e continuar conhecendo toda a América do Sul”. Ele aproveita para deixar uma dica: “O que eu posso dizer é que as pessoas abram um pouco mais sua cabeça e vivam coisas diferentes, vão para lugares diferentes e vivam novas experiências. É legal viajar com companhia, mas sozinho você também consegue fazer muita coisa. Basta querer e se planejar, mesmo com o pouco que você tenha”.

Cenário de incertezas em todos os setores Anterior

Cenário de incertezas em todos os setores

Agricultor deve fazer cadastro Próximo

Agricultor deve fazer cadastro

Deixe seu comentário

Geral