logo RCN

Um personagem da história de Seara

O doutor Genaro Laitano foi o segundo médico a cuidar da saúde dos searaenses. Através do colega Harry Quadros de Oliveira, que foi pioneiro na área em Seara, Genaro conheceu o município na década de 60.

Aos 78 anos, disposto e muito bem-humorado após uma vida dedicada à medicina, está aposentado e ocupa o tempo à família, amigos e a escrever suas memórias. Ele já tem quatro livros de autoria própria.
Em visita a Seara nesta semana, conversou com a reportagem do Folhasete e relembrou o tempo em que, conforme ele mesmo, se fazia a "medicina romântica".
O médico contou que aqui chegou em 1º de março de 1966. "Eu combinei com o Harry que naquela data viria em definitivo para Seara. Comprei a casa dele e me instalei".
Gaúcho de Porto Alegre, recorda que Seara era uma pequena vila, que se resumia ao bairro do frigorífico e à rua principal, a Anita Garibaldi. Permaneceu aqui por oito anos. "Conheci muita gente, fiz muitos amigos e me apaixonei pelo hospital. Era uma época da medicina romântica, pois não existia a tecnologia de hoje e fazíamos tudo. Quando cheguei, havia apenas um raio-x que tive que mandar consertar. Não existia laboratório e nem farmácia, só a do hospital". Relembra que precisava dar conta de todos os procedimentos, a começar pela anestesia no paciente. "Tinha que enfrentar de abdômen agudo até ferimentos por arma de fogo". Cerca de mil searaenses vieram ao mundo por suas mãos. "Inclusive a minha filha Yasmine. A maioria dos partos eram naturais".
Genaro Laitano ressalta que contava com auxílio das irmãs da Congregação São José. Dentre todos os procedimentos que fez, chegou a três mil. Constituiu família com Eni Zanuzzo. Em dezembro de 1973, deixou Seara com a família e voltou à terra natal. "Era preciso buscar atualização". Seu único arrependimento foi ter vendido a casa de Harry Quadros de Oliveira. "Eu queria fazer dela um museu".  
O médico chama a atenção para o envolvimento da sociedade naquela época. Destaca entre as conquistas, a vinda de uma agência do Banco do Brasil. "E mudamos o padrão genético do suíno em um ano". Para ele, "Seara é a terra da felicidade".

Anterior

Nova diretoria toma posse em Seara

Próximo

Precariedade está mantida

Deixe seu comentário

Geral